Órgãos reguladores chineses abriram uma investigação contra o grupo Alibaba sobre supostas práticas de monopólio no país. A confirmação da ação veio nesta quinta-feira (24), e também engloba investigações contra o Ant Group, uma empresa do Alibaba Group Holdings Ltd. 

Se reunirão com o Ant Group o Banco Popular da China, a Comissão Reguladora da China, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários e a Administração Estatal de Câmbio. Estima-se que as conversas serão de supervisão e orientação. O próprio Alibaba será investigado pela Administração Estatal de Regulamentação do Mercado.

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Na bolsa de valores de Hong Kong, as ações do Alibaba despencaram 5,48% desde o anúncio da notícia a nível mundial.

e-commerce do alibaba em notebook e no celular
E-commerce do Alibaba se tornou um dos mais populares do mundo em poucos anos. Imagem: Nopparat Khokthong/Shutterstock

A partir disso, é esperado que o governo chinês exerça mais pressão às empresas de tecnologia.

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No caso do Alibaba, que atua no e-commerce, logística e redes sociais, o controle poderá ser ainda maior, já que o grupo possui grande influência. O projeto de lei antimonopólio foi divulgado em novembro, e permite ao governo local restringir ações de empresas. A pressão também cai sobre outras companhias, como a Tencent que ameaça representar um monopólio no país.

Monopólio na China: retaliação do governo?

O Ant Group, desenvolvedor do sistema de pagamentos AliPay, afirmou que irá “estudar diligentemente e cumprir estritamente as solicitações dos departamentos reguladores”.

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Também em novembro, o grupo (Ant Group, Ant Financial e Alipay) preparava-se para uma oferta pública inicial (IPO), mas ela foi fechada por Pequim antes de ser negociada nas bolsas de Xangai e Hong Kong. A “estagnada”, na época, citou as mudanças no mercado regulatório de tecnologia financeira.

De acordo com analistas locais, a “retaliação” em forma de bloqueio se deu porque Jack Ma, cofundador e presidente do Alibaba Group, fez críticas públicas aos reguladores poucos dias antes do IPO.

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Fonte: Bloomberg