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O Reino Unido vai adotar o uso de medicamentos para artrite no tratamento de casos graves de Covid-19. Após resultados preliminares indicarem que as substâncias tocilizumabe e sarilumabe podem reduzir o tempo de internação em UTI e evitar óbitos de infectados, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) comunicou que o tocilizumabe será oferecido a partir desta sexta-feira (8) nos hospitais britânicos.
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Os testes com o uso de tocilizumabe e sarilumabe tiveram início em março de 2020. As substâncias foram administradas em cerca de 800 infectados pelo novo coronavírus que apresentaram quadros graves da doença. De acordo com o estudo publicado pelo projeto Remap-Cap, as drogas reduziram em 24% o risco de morte quando usadas 24 horas após a internação em UTI.
Nos resultados segmentados, os casos com uso de tocilizumabe mostraram que oito em cada 100 pacientes com casos graves de Covid-19 conseguiram sobreviver à doença. Ou seja, uma vida extra salva a cada 12 pacientes. O sarilumabe apresentou taxas mais baixas de mortalidade hospitalar (22%), mas suas amostras foram menores. Enquanto o tocilizumabe teve mortalidade hospitalar de 28%, o grupo de controle — cujos integrantes receberam placebo — alcançou a marca de 36%.

Apesar de os resultados do estudo ainda não terem sido revisados, o professor de farmacoepidemiologia da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Stephen Evans, ressalta que o trabalho tem “qualidade superior a muitos artigos não revisados por pares”. Outros médicos e cientistas reforçam que as drogas podem ser grandes aliadas no tratamento contra o novo coronavírus. “Essa melhoria incremental pode fazer grande diferença se continuarmos a acumular mais opções à medida que mais testes são feitos”, diz Adam Jacobs, diretor de bioestatística da Premier Research.
Ambos os medicamentos foram adicionados à lista de restrições de exportação do governo, que proíbe que empresas comprem os produtos destinados a pacientes do Reino Unido e vendam com preço mais alto em outros países.
Cautela
Mesmo com os resultados positivos de ambas as drogas nos testes, é importante lembrar que elas foram administradas em pacientes em terapia intensiva e não são recomendadas para usos generalizados. “Ninguém deve achar que pode se tratar de Covid-19 com tocilizumabe em casa”, reforça Jacobs.

Além disso, o uso do tocilizumabe pode não garantir a melhora do paciente, tendo em vista os baixos índices de melhora apresentados. Ainda assim, a descoberta serve como injeção de ânimo para o país — que contabiliza mais de 78 mil mortes por Covid-19. Isso porque além de reduzir o número de mortos, as drogas reduziram o tempo de internação nas UTIs em 7 a 10 dias.
O fato pode ser encarado como alívio para os sistemas de saúde do país com o maior número de mortos absolutos por Covid-19 na Europa.
Via: Folha de S. Paulo