Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (12), o Instituto Butantan revelou que a vacina CoronaVac possui 50,38% de eficácia global em testes realizados no Brasil. A informação de que o percentual seria abaixo de 60% havia sido divulgada antes do anúncio.

Como aponta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os imunizantes precisam de pelo menos 50% de eficácia para receberem aprovação.

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Mesmo com um nível de eficácia geral abaixo de 60%, o imunizante criará anticorpos contra o novo coronavírus nos indivíduos, reduzindo os sintomas de possíveis infectados — que poderão ser tratados com medicações leves.

CoronaVac
Eficácia geral da CoronaVac será divulgada nesta terça-feira (12). Foto: Instituto Butantan/Divulgação

O pedido para o uso emergencial da CoronaVac foi feito à Anvisa desde a última sexta-feira (8). A partir da data, a agência tem dez dias para analisar os estudos do Instituto Butantan e a segurança da eficácia do imunizante para decidir se permite ou não a vacinação.

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O governo de São Paulo e o próprio Instituto Butantan têm pressionado a Anvisa para agilizar as análises e, consequentemente, a aprovação da CoronaVac.

Com o aval da Anvisa, a expectativa do governo federal para o início da vacinação fica para 20 de janeiro, enquanto o governo paulista espera começar a imunização em massa no Estado a partir do dia 25 do mesmo mês.

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Profissionais de saúde, quilombolas, indígenas e idosos terão prioridade para a vacina e cerca de 100 milhões de doses deverão ser entregues ao SUS (Sistema Único de Saúde) e distribuídas aos estados.

Eficácia geral da CoronaVac e celeridade

Na segunda-feira (11), Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan reforçou a eficácia do CoronaVac de “78% para casos leves da doença e 100% para casos graves e moderados”.

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Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Diretor do Instituto Butantan quer celeridade da Anvisa para a aprovação da CoronaVac. Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Covas também demonstrou pressa para a administração das doses da CoronaVac. “O que não podemos ficar confortáveis é com seis milhões de doses nas prateleiras e elas não serem usadas”, afirmou.

Além disso, o diretor do Instituto Butantan criticou as “indas e vindas” do governo federal — que atrasaram a decisão sobre uma data para o início do Programa Nacional de Imunização (PNI) — e criticou o movimento antivacina

“Em uma população menos instruída, [o movimento antivacina] poderia ser admissível, mas isso acontecer patrocinado pelas mais altas autoridades, isso é preocupante e decepcionante”, afirmou Covas.

Via: Uol