Parler pede que juíza force Amazon a restaurar seus serviços

Por Rafael Rigues, editado por Flávio Pinto 15/01/2021 14h09, atualizada em 15/01/2021 14h45
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Imagem: Ascannio/Shutterstock
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Em uma audiência em uma corte federal em Seattle, nos EUA, nesta quinta-feira (14) um advogado da Parler solicitou à juíza federal Barbara Rothstein que ordene que a Amazon restaure seus serviços. David Groesbeck disse que a Parler sofrerá “dano irreparável” se for forçada a fechar, e que mantê-la em funcionamento serve ao interesse público.

“Milhões de norte-americanos que cumprem a lei tiveram suas vozes silenciadas”, disse Groesbeck. “Não há evidência, além de referências anedóticas na imprensa, de que a Parler esteve envolvida na incitação do tumulto”, referindo-se ao ataque ao capitólio, em Washington, em 6 de janeiro.

Mas segundo Ambika Doran, advogada que representa a Amazon, a Parler violou seu contrato ao permitir conteúdo incentivando a violência, e não demonstrou ser capaz de moderá-lo de forma eficaz. “A Amazon fez a única escolha real que tinha, que era suspender a conta”, disse.

A empresa afirma que o conteúdo da Parler incluía pedidos para o assassinato da líder democrata da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, do líder democrata do senado, Chuck Schumer, dos CEOs da Amazon e Facebook (Jeff Bezos e Mark Zuckerberg) e de membros da imprensa.

Posts no Parler apresentados pela Amazon. Conteúdo viola política da empresa contra discurso de ódio. Imagem: Reprodução

Este conteúdo teria sido comunicado à Parler “várias vezes”. A inabilidade da rede em moderar esse discurso de ódio foi o mesmo argumento usado pela Apple e Google para remover o aplicativo da Parler de suas lojas.

O advogado da Parler diz que a Amazon censurou a rede por motivos políticos e para beneficiar um de seus grandes clientes, o Twitter, que não censurou conteúdo violento contra políticos conservadores. Em resposta, a Amazon reafirma que a suspensão da Parler não tem “nada a ver com política”.

A juíza Barbara Rothstein prometeu uma decisão “rápida”, mas não estabeleceu uma data limite para isto.

Provas do crime

O argumento da Parler de que seus usuários são cidadãos de bem que não tiveram participação no ataque ao capitólio pode cair por Terra se o caso for a julgamento. Isso porque, antes da Amazon retirar os servidores da Parler do ar, uma hacker conseguiu arquivar 99,9% do conteúdo postado na rede, incluindo milhares de fotos e vídeos. 

Muitos dos posts contém ameaças a empresários e governantes, ou menções ao evento em 6 de janeiro que antecedeu o ataque. Além disso, muitos usuários postaram na rede fotos e vídeos feitos durante o ataque, alguns deles dentro do capitólio, que podem servir ao FBI como provas de sua participação. Várias figuras de destaque no ataque já foram presas.

Fonte: Reuters


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Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital

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Flávio Pinto é redator(a) no Olhar Digital