O CEO da Apple, Tim Cook, afirmou em entrevista à Fox News neste domingo (17) que o Parler poderá voltar à App Store desde que cumpra uma condição simples.

O app foi removido da loja em 9 de janeiro, após repetidas denúncias de conteúdo violento ou que promove atos ilegais. Tal conteúdo é contra os termos de serviço da loja, com os quais todos os desenvolvedores devem concordar.

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“Sempre apoiamos a representação de pontos de vista diversos na App Store, mas não há lugar em nossa plataforma para ameaças de violência e atos ilegais. O Parler não tomou medidas adequadas para resolver a proliferação destas ameaças à segurança das pessoas. Suspendemos o Parler da App Store até que estas questões sejam resolvidas”, disse a empresa em uma declaração quando a suspensão foi anunciada.

Quando perguntado pelo jornalista Chris Wallace se a suspensão do Parler não seria uma restrição à liberdade de expressão, Cook respondeu: “temos uma loja de aplicativos com cerca de 2 milhões de apps. E temos termos de serviço para estes apps. Nós obviamente não controlamos o que está na internet, mas nunca vimos nossa plataforma como uma simples réplica da internet. Temos regras e regulamentos, e apenas pedimos que as pessoas os cumpram”, afirmou.

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“E quanto ao argumento de que ao tirar o Parler da App Store, você está ajudando a levar estas opiniões ainda mais ao submundo?”, perguntou Wallace. Ao que Cook respondeu: “Nós só suspendemos eles, Chris. Se eles implementarem moderação, poderão voltar à loja”.

Parler foi varrido da internet

Além da App Store, o Parler também foi banido do Google Play. Por fim a Amazon suspendeu os serviços de hospedagem que fornecia à empresa, efetivamente tirando a rede social do ar.

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A empresa responsável pelo Parler entrou na justiça, alegando que a Amazon não tinha o direito de suspender seus serviços e que sofrerá “danos irreparáveis” se continuar offline.

A Amazon respondeu afirmando que avisou repetidamente a empresa sobre conteúdo na rede que violava seus termos de serviço, e enviou ao juiz cópias de mais de uma centena de mensagens com ameaças e exemplos de racismo e xenofobia postadas pelos usuários, tendo como alvo políticos, empresários e celebridades.

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informe da parler indicando os problemas da rede social na app store
Página da Parler informa que rede planeja receber usuários de novo “em breve”. Imagem: Parler/Reprodução

Neste domingo (17), o site (mas não a rede social) da Parler voltou ao ar com uma mensagem do CEO da plataforma, John Matze. “Olá mundo, isto aqui ainda está ligado?”, diz. Na mensagem, Matze declara que a “privacidade é soberana e o discurso livre é essencial, especialmente em uma rede social”.

A meta da plataforma, de acordo com o CEO, sempre foi proporcionar uma espécie de praça pública apartidária. “Vamos resolver todos os desafios que encontrarmos e planejamos dar as boas-vindas a todos em breve”, conclui.

A CNN apurou que, a partir de agora, o Parler será hospedado pela Epik, uma companhia conhecida por oferecer suporte a outros espaços usados pela extrema-direita, como o Gab e o 8chan. O executivo revelou à Fox News que o Parler pode ser reativado ainda em janeiro.

Fonte: Mashable