Com novas regras no WhatsApp, ICQ ganha procura inédita

Por Roseli Andrion, editado por André Lucena 26/01/2021 22h48, atualizada em 27/01/2021 11h46
ICQ vira alternativa ao WhatsApp
ICQ vira alternativa ao WhatsApp. Foto: Burdun Iliya / Shutterstock.com
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Quem já estava na internet a partir da metade da década de 1990 vai se lembrar do ICQ: afinal, ele era o mensageiro mais popular na época. E, agora, pode ganhar uma nova oportunidade.

Desde que o WhatsApp decidiu alterar as regras em relação à privacidade de dados, muitos usuários da plataforma passaram a migrar para apps concorrentes, como o Signal e o Telegram. Até que alguns usuários de Hong Kong escolheram outra alternativa: voltar para o ICQ.

O serviço agora é um app para smartphones e viu uma alta de 3.500% em seus downloads na segunda semana de janeiro. Segundo o ICQ, a movimentação de Hong Kong nesse período superou a de todo o quarto trimestre de 2020.

A Sensor Tower, que acompanha as estatísticas do mercado de aplicativos, aponta que, na semana anterior à redescoberta do serviço, houve apenas 200 downloads e, na semana da alta, foram 7 mil. Além disso, o Google Trends mostra que as buscas por “ICQ” no Google subiram a um nível que não se via há uma década.

ICQ hoje

Quem criou o ICQ foi a Mirabilis, de Tel Aviv, em Israel, em 1996. Dois anos depois, a America Online incorporou a empresa. Por volta do ano 2000, havia cerca de 100 milhões de usuários na plataforma. Atualmente, a controladora do serviço não informa o número de usuários, mas diz que a plataforma é mais popular em países como Rússia, Nigéria e Alemanha.

Hoje, o ICQ é do Mail.Ru Group, que também é dono da VK, a VKontakte, a rede social mais popular da Rússia. A empresa russa adquiriu o sistema em 2010 e, entre seus recursos, há conversa coletiva em vídeo, mensagens de áudio e outros.

No aplicativo, o som original de notificação foi mantido. Entre as funcionalidades excluídas está a “chats aleatórios”, em que usuários desconhecidos eram colocados em contato. As mensagens são criptografadas e a plataforma diz que as comunicações de usuários “não são compartilhadas com qualquer outra parte”, exceto por ordem judicial.

Via: Folha

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Redator(a)

Roseli Andrion é redator(a) no Olhar Digital

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.