Imagem: Rafael Serathiuk/Shutterstock
O governo estadual avalia a possibilidade de utilizar todas as vacinas disponíveis em São Paulo para ampliar o grupo de pessoas que vão receber a primeira dose dos imunizantes contra a Covid-19.
Nesta terça-feira (26), o estado registrou 13 mil casos de Covid-19 e 282 óbitos. Vacinar mais pessoas em caráter emergencial seria uma prática eficaz no combate ao crescimento da curva e da gravidade de novos casos da doença.
A nova variante do vírus que circula no Amazonas, ainda mais contagiosa, também já está presente no estado. Outro fato que pode justificar a adoção da ampliação da campanha de vacinação.
Até então, as doses da CoronaVac e da vacina de Oxford/Astrazeneca estão sendo aplicadas no estado de acordo com as normas federais, que prevê o armazenamento de pelo menos 50% das doses para a segunda fase da campanha de imunização.
Por ora, o governo de São Paulo tem duas opções: requisitar a adoção desta medida junto ao Ministério da Saúde, ou implementá-la por conta própria.
O atraso na chegada dos insumos pode atrapalhar a produção de mais doses dos imunizantes. Por ora, o Instituto Butantan anunciou a chegada de um novo lote da matéria-prima para a próxima quarta-feira (3).
No caso da Fiocruz, responsável pela produção da vacina de Oxford/AstraZeneca, a previsão é bem menos animadora. A chegada de insumos para produção de novas doses do imunizante no Rio de Janeiro está prevista para março.
Em nota enviada aos estados, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prevê um intervalo de pelo menos 14 a 28 dias entre a aplicação da primeira e segunda dose dos imunizantes. São Paulo adotou um prazo de 21 dias entre as doses.
No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, o intervalo entre as doses pode ser maior, podendo se estender por até quatro meses. Um fator que pode ajudar a lidar com a falta de doses da vacina não só no Brasil, como no mundo. Além de oferecer um prazo maior para a produção de novas doses do imunizante.
Das duas milhões de doses da vacina de Oxford importadas da Índia, 500 mil foram destinadas para São Paulo. Em contrapartida, o Instituto Butantan já forneceu quase 7 milhões de doses da CoronaVac para todo o País. Neste caso, cerca de 1,5 milhão de doses do imunizante chinês ficaram em São Paulo.
Vale lembrar que o plano estadual de imunização contra a Covid-19, apresentando em dezembro pelo governador João Doria (PSDB), previa que 9 milhões de paulistas poderiam receber a vacina até março.
O estado mais populoso do Brasil, com 46 milhões de habitantes, concentra 1,7 milhão dos 8,8 milhões de casos da Covid-19 e 52 mil dos 218 mil óbitos registrados durante a pandemia. De acordo com o Vacinômetro, São Paulo vacinou, até a manhã desta quarta-feira (27), mais de 208 mil pessoas.
Fonte: Folha
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de janeiro de 2021 12:13