O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos abriu uma investigação contra a SpaceX para determinar se a empresa discrimina cidadãos que não são norte-americanos quando fazem processos de contratação.
A investigação foi iniciada após a Seção de Direitos de Imigrantes e Empregados do DOJ receber uma reclamação vinda de um imigrante que tentou uma vaga na empresa de Elon Musk. Ele alegou que a companhia o discriminou com base em seu status de cidadania.
“A acusação alega que em 10 de março de 2020, durante uma entrevista para o cargo de Associado de Estratégia de Tecnologia, a SpaceX fez perguntas sobre sua cidadania e, no fim das contas, não o contratou porque ele não é um cidadão americano ou residente permanente”, escreveu Lisa Sandoval, advogada do DOJ, no processo.
A SpaceX então foi notificada por e-mail em 8 de junho do ano passado. Na ocasião, o DOJ solicitou à empresa que fornecesse informações e documentos relacionados aos processos de contratação e verificação de elegibilidade.
O processo descreve que a companhia de Musk respondeu em agosto, enviado uma planilha com informações sobre funcionários contratados a partir de junho de 2019. No entanto, a SpaceX recusou o pedido “para produzir qualquer documentação de apoio, como cópias de passaportes, carteiras de habilitação ou cartões de seguro social”, descreveu Sandoval.
Pouco depois, em outubro, a empresa foi intimida a apresentar os documentos solicitados. No entanto, a companhia entrou com uma petição para revogar a solicitação, alegando que ela excedia o escopo de autoridade do órgão.
Apesar dos esforços, a petição foi negada e a SpaceX foi ordenada a cumprir as reivindicações e fornecer os documentos. A ideia com essa solicitação é a de entender até que ponto a empresa contrata cidadãos que não são americanos.
Agora, o Departamento de Justiça disse que espera fazer com que a SpaceX cumpra as ordens de fornecimento dentro de duas semanas.
Via: CNBC