A médica brasileira Clarice Costa criou um app que pretende ajudar a gerenciar informações de pacientes de unidades de tratamento intensivo (UTI). Chamada de Roundover (ronda completa, em tradução livre), a ferramenta busca otimizar o controle e o repasse de informações clínicas entre os médicos, já que é comum que esses dados se percam em trocas de turnos de plantões.

Para isso, as informações clínicas relevantes dos pacientes devem ser armazenadas no aplicativo. Assim, o plantonista seguinte tem acesso a todos os detalhes importantes dos doentes em estado crítico. O Roundover deve otimizar a comunicação entre os integrantes da equipe e melhorar consideravelmente o desempenho médico nas UTIs.

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App Roundover busca melhorar a comunicação e o desempenho de médicos que lidam com pacientes em estado crítico em UTIs. Foto: Shutterstock.

Clarice Costa é especialista em medicina intensiva e atuou na linha de frente contra a Covid-19 no Hospital de Campanha Lagoa-Barra, no Rio de Janeiro. Graças a sua especialidade, a profissional conhece de perto a realidade do dia a dia na UTI. Clarice se refere ao aplicativo como “a UTI na palma da mão”.

Ela explica que a complexidade do cuidado do paciente crítico e o grande volume de informações à beira-leito predispõem a falhas de comunicação e perda de informações. “O aplicativo vem para aperfeiçoar o trabalho da equipe, a dinâmica e o funcionamento das unidades de terapia intensiva”, diz. “Além disso, o Roundover prioriza a segurança e o sigilo dos dados registrados por meio de mecanismos pensados para a proteção da equipe médica e dos pacientes”, completa.

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Os dados disponíveis no aplicativo terão acesso seletivo e poderão ser vistos em tempo real na tela do celular. O Roundover está disponível para os sistemas Android e iOS e pode ser usado em smartphones, tablets e, em breve, também terá uma versão web.