A rede social Clubhouse ainda não está aberta ao público e ingressar nela requer um convite feito por quem já é membro. Desnecessário dizer que esse caráter de exclusividade já criou um “mini mercado paralelo”, com convites para a plataforma sendo vendidos a R$ 280 em e-commerces como o Mercado Livre.

A Clubhouse é a “nova rede social do momento” e vem ganhando força após nomes proeminentes terem se juntado ao seu rol de membros, como o bilionário Elon Musk (CEO da Tesla e SpaceX), Kevin Hart (ator e comediante norte-americano) e até José Bonifácio Brasil de Oliveira, o “Boninho” (diretor do reality show “Big Brother Brasil”, em exibição pela Rede Globo).

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Convites para a Clubhouse, a rede social que está em alta busca pelo público, estão sendo vendidos em e-commerces a preços bem salgados. Imagem: Olhar Digital/Rafael Arbulu/Captura

Criado em março de 2020 por Paul Davidson e Rohan Seth, a Clubhouse é, em sua essência, uma rede social voltada para áudios. Todas as interações são feitas pela sua voz, o que permite algumas situações interessantes, como entrevistas entre pessoas ilustres e seus fãs – algo que Elon Musk e Kevin Hart já fizeram. O nosso site-irmão, Vida Celular, definiu bem em seu teste do app: “Imagine um monte de pessoas querendo falar pelos cotovelos sobre os mais variados assuntos sem poder apelar para a mesa do bar devido à pandemia”.

Segundo nota publicada no UOL, entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, o Google registrou um aumento de 525% no volume de buscas pela rede social em relação à semana anterior – a maior parte, listando como palavras-chave termos como “clubhouse convite”, “convites para o clubhouse”, “convites clubhouse” e similares. No Twitter, o nome da rede social já virou trending topic repetidas vezes.

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Nem tudo vai às mil maravilhas, porém: criticada por sua ausência de moderação e falta de práticas de proteção contra conteúdo abusivo, a rede social acabou banida pelo “Grande Firewall” da China, no qual o controle tecnológico é extremamente rígido. O motivo é o mesmo que rendeu o banimento do Google e Facebook do país: o governo quer acesso às conversas e interações de seus usuários – algo que as empresas não dão – a fim de censurar temas contrários às autoridades. No app da Clubhouse, uma sala dedicada à discussão do Massacre na Praça da Paz Celestial, em 1989, amealhou mais de 5 mil membros.

Atualmente, o app do Clubhouse é exclusivo para o iPhone, e não há previsão para que o ingresso à rede social seja liberado. Ou seja, você ainda vai precisar de um convite para começar a usá-la.

Fonte: UOL