Parler está de volta após transferir domínio para nova empresa de hospedagem

Rede social conservadora estava há um mês fora do ar após Amazon rescindir seu contrato, citando ameaças e discursos de ódio na plataforma
Por Rafael Arbulu, editado por Roseli Andrion 15/02/2021 17h34
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Amazon Web Services baniu o Parler após os ataques ao Capitólio.
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Depois de um mês fora do ar, a rede social conservadora Parler está de volta online. Tudo começou com a migração de domínio, depois que a plataforma foi retirada da Amazon Web Services (AWS). Segundo a empresa, a Parler foi punida por ter incentivado os ataques ao Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro de 2021, conduzidos por seguidores do ex-presidente americano Donald Trump.

Em sua nova estrutura, a rede social agora está hospedada pela Epik, uma registrar de Washington que se tornou conhecida por afiliar-se a plataformas e canais de supremacistas brancos, neonazistas e figuras expoentes de extrema-direita. Segundo um comunicado divulgado pela rede social, o Parler conseguiu restaurar contas de antigos usuários, mas não suas respectivas linhas do tempo e publicações.

Parler de volta
Depois de briga com a Amazon, o Parler volta ao ar afiliado a uma empresa conhecida por se associar a figuras da extrema-direita. Imagem: Ascannio/Shutterstock

Neste retorno, o Parler anunciou Mark Meckler como novo CEO. Ele assume o cargo em caráter interino por enquanto e fica no comando geral após a saída de John Matze, que diz ter sido dispensado no início de fevereiro. Meckler cofundou o grupo Tea Party Patriots.

Antigos usuários do Parler, como Tucker Carlson (apresentador da Fox News americana) e Devin Nunes, congressista do Partido Republicano, estão online, mas não publicaram nada ainda. Sean Hannity, outra figura conhecida da Fox News, já criou posts na nova estrutura.

O Parler se autoproclama como apartidário, mas posts na antiga estrutura mostraram que a maior parte de seus usuários incentivava a tomada de ações físicas contra o setor político americano. A situação escalou a ponto de resultar nos ataques de 6 de janeiro ao Capitólio.

Estavam envolvidos, por exemplo, associados do QAnon. Esse movimento conspiracionista acusa integrantes do Partido Democrata de fazerem parte de uma organização secreta que incentiva “tráfico de crianças e práticas de pedofilia”. Segundo eles, Trump seria o indivíduo para “salvar o país”.

Na ocasião, cinco pessoas morreram e outras 140 ficaram feridas. Naquele dia, os congressistas americanos estavam reunidos no Capitólio para conduzir a cerimônia de confirmação de vitória de Joe Biden, o atual presidente dos EUA.

O Parler acabou ficando offline dias depois do ataque, em 10 de janeiro, após a AWS suspender os serviços de hospedagem da rede social. Na mesma época, Apple e Google removeram o aplicativo da plataforma de suas lojas virtuais.

Atualmente, a rede está envolvida em um processo judicial contra a Amazon. Por enquanto, a juíza Barbara Rothstein negou um pedido de reinstalação da plataforma e a disputa parece ir contra a rede social.

Fonte: The Verge


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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Roseli Andrion é redator(a) no Olhar Digital