Nesta segunda-feira (22), a farmacêutica francesa Sanofi anunciou um acordo para produzir a vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson. O imunizane foi desenvolvido pelo laboratório belga Janssen-Cilag, um braço da J&J.

Em comunicado, a Sanofi destaca que será responsável tanto pela fabricação quanto pelo envase do imunizante. A expectativa é de que a produção seja iniciada “a partir do primeiro trimestre” com um “ritmo de cerca de 12 milhões de doses por mês”.

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O problema é que, apesar de a vacina da Janssen estar prestes a ser autorizada para uso emergencial nos EUA e na União Europeia e ser apontada como um dos imunizantes mais promissores — pelo fato de ser aplicado em dose única —, os números divulgados foram incompletos.

A empresa aponta que a fórmula tem 66% de eficácia contra a Covid-19 em casos moderados e graves, mas não apresentou dados sobre a eficácia global. Mesmo assim, isso não deve ser um impeditivo para a produção da vacina em território francês.

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Esse é o segundo acordo do tipo firmado pela farmacêutica Sanofi. Semanas atrás, o laboratório anunciou a produção de 125 milhões de doses da vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech em sua fábrica em Frankfurt, na Alemanha.

Doses da vacina da J&J
Vacinas desenvolvidas pelo laboratório Janssen, braço da J&J, serão produzidas pela farmacêutica francesa Sanofi. Foto: Johnson & Johnson/Divulgação

Retomada de estudos clínicos

Além de anunciar a produção do imunizante da Janssen contra a Covid-19, a Sanofi informa que reiniciou a fase 2 de estudos clínicos de sua própria vacina. A fórmula está sendo criada em conjunto com os britânicos da GlaxoSmithKline (GSK).

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No fim do ano passado, os testes das fases 1 e 2 da substância apresentaram resultados “inferiores ao esperado”, com “baixa resposta imune em adultos e mais velhos”. O problema, de acordo com as empresas, foi o uso de uma “concentração insuficiente de antígeno”.

Thomas Triomphe, vice-presidente executivo e chefe da Sanofi Pasteur, conta que, nas últimas semanas, os grupos de pesquisa da companhia trabalharam para aperfeiçoar a fórmula da vacina. “Para isso, usaram como base o que aprendemos nos estudos das fases 1 e 2”, explica.

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Agora, os testes terão 720 voluntários maiores de 18 anos para comprovar que há resposta imunológica também em idosos. Se os resultados forem positivos, a expectativa é de que Sanofi e GSK ofereçam a vacina no último trimestre deste ano. Paralelamente à retomada do desenvolvimento dessa fórmula, a Sanofi quer criar imunizantes contra as variantes do novo coronavírus.

Via: Uol