Após uma série de negociações, o Facebook e o governo da Austrália chegaram a um acordo e as páginas de notícias na rede social voltaram ao ar no país. “Após mais discussões com o governo australiano, chegamos a um acordo que nos permitirá apoiar os editores que escolhermos, incluindo pequenos editores locais”, diz Campbell Brown, chefe de parcerias de notícias do Facebook em comunicado.

Ela explica que o governo esclareceu que a plataforma vai manter a capacidade de decidir se as notícias aparecem no Facebook ou não. “Assim, não ficamos automaticamente sujeitos a uma negociação forçada”, completa.

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Governo deseja que gigantes de tecnologia paguem editores de notícias. Crédito: Shutterstock

Nova legislação busca remunerar editores de notícias

Facebook, governo australiano e o setor de mídia do país, representado por Rupert Murdoch, debatem há meses os termos do novo código de negociação da mídia de notícias. Esse projeto de lei pretende exigir que gigantes da tecnologia, como Google e Facebook, paguem aos editores de conteúdo noticioso por tudo o que eles produzem.

Entre as emendas propostas, está a adoção de um período de dois meses para mediação. A ideia é dar aos editores de notícias e às plataformas de tecnologia um tempo maior para negociar acordos. O Facebook argumenta que a lei é desnecessária, já que os editores recebem um valor alto na forma de receita obtida com os cliques em seus sites.

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EUA pedem à Austrália que revogue lei que cobra do Facebook e Google pelo uso de notícias
Mundo assiste com atenção ao que acontece na Austrália. Crédito: Graeme Dawes/Shutterstock

Teste para o resto do mundo

O projeto para remuneração de editores de notícias é encarado como uma espécie de teste para projetos de lei parecidos que devem ser propostos ao redor do mundo. O resultado pode indicar um caminho a ser seguido para a regulamentação da indústria de mídia nas redes sociais.

Para mostrar sua insatisfação, o Facebook resolveu varrer as páginas de notícias da plataforma na Austrália. A medida é vista como arbitrária por representantes de potências mundiais como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Canadá, que chamaram o Facebook de “valentão”.

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Em contrapartida, o Google, que ameaçou tirar seu serviço de busca do país, buscou um caminho mais conciliador. A empresa fechou acordos com as maiores editoras de notícias da Austrália e vai pagar pelo conteúdo para evitar os aspectos mais rígidos da nova legislação.

Via: The Washington Post

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