O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convocou para esta quarta-feira (24) uma reunião com um grupo bipartidário do Congresso americano para discutir soluções para a crise dos chips semicondutores. A situação preocupa principalmente as montadoras de automóveis, que precisaram cortar sua produção pela falta de insumos.

A reunião foi confirmada pelo líder da maioria no Senado, o democrata Charles E. Schumer, de Nova York, que pediu ao Congresso que se apropriasse de fundos autorizados para a fabricação de chips semicondutores em território americano, descrevendo a escassez do produto como um ponto fraco na economia e na segurança nacional do país.

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A falta do produto no mercado fez com que algumas das maiores montadoras dos Estados Unidos diminuíssem sua produção. A Ford, por exemplo precisou paralisar a fabricação de veículos em sua fábrica no Kentucky em dezembro de 2020, o que deve afetar a produção da empresa em até 20% para o primeiro trimestre de 2021.

A montadora foi forçada até mesmo a reduzir a produção da picape F-150, o modelo mais vendido do país, nas fábricas de Michigan e Missouri. Já a GM, cortou a produção em suas fábricas no estado do Kansas, Canadá e México até o mês de março, quando fará uma reavaliação dos planos.

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Empregados trabalham em fábrica da Ford
Ford paralisou a produção na fábrica do Kentucky. Crédito: Ford Motors USA

Crise é mais um efeito da pandemia

A escassez dos chips semicondutores é um problema global que foi causado pela pandemia da Covid-19. Apesar desses insumos serem usados em quase toda a indústria, como para a fabricação de smartphones, computadores e modelos mais modernos de refrigeradores, a indústria de automóveis é a maior compradora desses chips.

No início da pandemia, a demanda pelos chips caiu por conta do desaquecimento do mercado de automóveis. Porém, ela disparou por parte das empresas que fabricam computadores e outros equipamentos que permitiam que os funcionários trabalhassem em casa.

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Mas quando a indústria automotiva retomou sua produção, as demais seguiram com a mesma demanda do produto, o que fez com que ele ficasse em falta no mercado. De acordo com grandes fabricantes de microchips, como Qualcomm e AMD, a crise deve continuar até pelo menos a metade de 2021.

Via: The Washington Post 

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