Segundo o relatório global de transparência do TikTok, divulgado na quarta-feira (24), a plataforma chinesa excluiu 7.506.599 vídeos no Brasil no segundo semestre de 2020. O país foi o terceiro mercado com maior exclusão de conteúdo e ficou atrás apenas do Paquistão (com 8.215.633) e dos EUA (com 11.775.777).

Como o TikTok não divulgou os números totais de vídeos publicados por país, não se sabe o real impacto das remoções para cada nação. No entanto, a plataforma informa que os 89.132.938 vídeos excluídos no mundo todo entre 1° de junho e 31 de dezembro do ano passado correspondem a menos de 1% dos envios.

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De acordo com a companhia, os principais motivos para as exclusões foram segurança de menores de idade (36%), nudez e conteúdo sexual (20,5%) e atividades ilegais e bens regulamentados (17,9%). Conteúdos relacionados a temas violentos (8,1%), assédio e bullying (6,6%), suicídio, automutilação e atos perigosos (6,2%), integridade e autenticidade (2,4%), discurso de ódio (2%) e extremismo violento (0,3%) também foram apagados.

Celular exibindo a logo do TikTok
Aplicativo excluiu quase 90 milhões de vídeos no segundo semestre de 2020. Foto: XanderSt/Shutterstock

Das remoções, 94,2% ocorreram antes de serem reportadas, 83% sem receber qualquer visualização e 93% em menos de 24 horas após serem publicadas. O relatório aponta, ainda, que o TikTok apagou mais de seis milhões de contas por violarem as diretrizes da comunidade. Outras 9.499.881 contas de spam foram excluídas e mais de 173.246.894 perfis criados por meios automatizados foram impedidos.

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Combate à desinformação

O TikTok ressalta também o combate à desinformação na plataforma. E destaca dois temas: a pandemia do novo coronavírus e as eleições americanas. Não à toa, o TikTok fechou parcerias com empresas de verificação de fatos e adicionou suporte em 16 idiomas para avaliar os conteúdos com mais precisão e remover materiais de desinformação.

Segundo a empresa, 51.505 vídeos foram excluídos por promoverem a desinformação sobre a Covid-19. A companhia também inseriu informações confiáveis de saúde pública diretamente no app, com respostas e dicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros de Controle de Doenças (CDC) para perguntas relacionadas ao novo coronavírus e às vacinas.

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Já em relação às eleições para presidente dos EUA, o aplicativo excluiu 347.225 vídeos. Eles foram enquadrados em “desinformação eleitoral, desinformação ou mídia manipulada”.

Via: Folha de São Paulo/TikTok