Uma bola de fogo iluminou os céus da cidade de Taquara, no Rio Grande do Sul, na noite da última quinta-feira (25). O fenômeno, que foi registrado pelo Observatório Espacial Heller & Jung, ocorreu às 20h39 e  pôde ser observado por moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre, Serra Gaúcha, Litoral Norte e Região Norte do estado.

Segundo o Professor Carlos Fernando Jung, responsável pelo observatório e diretor técnico para a região sul da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), o meteoro tinha magnitude (brilho) -9. Na escala de magnitude, quanto menor o número maior o brilho de um objeto. No momento do registro a Lua tinha magnitude de -12,3.

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“Teve duração de sete segundos e pôde ser visto por muitas pessoas. Foi um Fireball. Entrou na atmosfera a uma altitude de 80 km e foi extinto a 42 Km de altitude. No ano passado foram registrados apenas sete desta magnitude ou mais”, afirmou Jung ao G1.

Em outubro passado, o mesmo observatório registrou um outra bola de fogo sobre a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Na época, Jung afirmou que o meteoro era o maior, “em tamanho e magnitude”, registrado no Rio Grande do Sul, desde 2016.

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Segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), 2020 foi o ano de maior número de meteoros de elevada magnitude desde 2016, quando esse tipo de fenômeno começou a ser observado e registrado no Brasil.

Outro meteoro foi visto no céu em três estados

Em 21 de fevereiro uma bola de fogo muito brilhante que cruzou os céus do sudeste do Brasil foi registrada por mais de uma dúzia de câmeras em cidades de três estados. Além do brilho, o fenômeno chamou a atenção por sua longa duração, muito maior do que um meteoro típico.

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Segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), o fenômeno foi causado por um meteoro que surgiu a 70,3 km de altitude, a oeste do município de Itanhandu (MG) e seguiu na direção sudeste, a uma velocidade média de 49,9 mil km/h, cruzando o leste do Estado de São Paulo até desaparecer a cerca de 34,4 km de altitude sobre a baía da Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro.

“Seu clarão durou 8,33 segundos, o que é relativamente demorado para um meteoro, que normalmente não dura mais de 1 segundo”, explica Marcelo Zurita, diretor técnico da Bramon.

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Fonte: G1