Pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Microengenharia e Microsistemas (IMM), da Alemanha, estão trabalhando em um novo combustível ecológico à base de amônia para abastecer navios de transporte de mercadoria.

As pesquisas são parte do projeto ShipFC, que busca apresentar novas soluções para o transporte marítimo. Atualmente, os navios estão entre os principais emissores de gases do efeito estufa.

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De acordo com a Agência Ambiental Alemã (UBA), o transporte oceânico é responsável por 2,6% das emissões de dióxido de carbônico na atmosfera. Só em 2015, foram emitidos em torno de 932 milhões de toneladas de CO2, e esse número aumenta ano a ano.

Por conta deste cenário, o projeto ShipFC tem a missão de desenvolver uma nova tecnologia que seja neutra em carbono e ao mesmo tempo segura, barata e confiável. Além disso, é necessário que essa alternativa possa ser usada em navios de grande porte que façam viagens longas.

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Além da amônia, também existem estudos com o hidrogênio, estes já em estágio mais avançado. Os planos para utilização desta tecnologia envolvem ônibus, caminhões e até mesmo em carros de Fórmula 1 a partir de 2025.

Mas e a amônia?

Esquema de funcionamento de uma célula de combustível à base de amônia, Crédito: Instituto Fraunhofer de Microengenharia e Microsistemas

A amônia é um composto químico muito utilizado na agricultura como fertilizante, porém, ela também pode ser usada como uma transportadora de energia altamente eficiente. Além disso, possui algumas vantagens em relação ao hidrogênio.

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“O hidrogênio deve ser armazenado a -253° como líquido. A amônia líquida pode ser armazenada a uma temperatura razoável de -33°”, afirma Gunther Kolb, diretor da divisão de energia e vice-diretor do IMM.

Atualmente, a equipe do Instituto Fraunhofer planeja concluir um protótipo em miniatura de uma célula de combustível à base de amônia para o final de 2021, para 2021, os planos são de uma célula em tamanho real.

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A equipe de Kolb pretende lançar o primeiro navio de carga movido à amônia, o Viking Energy, da empresa de navegação norueguesa Eidesvik, até a segunda metade de 2023.

Via: Tech Xplore

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