Estagiário da Universidade do Arizona lidera estudo sobre a crosta de Marte

Edson Kaique Lima04/03/2021 07h14, atualizada em 04/03/2021 07h18
imagem de marte
Ilustração de Marte Créditos: Shutterstock
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Ahmed AlHantoobi, um estagiário que trabalha com cientistas do Planetário da Universidade do Norte do Arizona (NAU), liderou um estudo sobre a crosta de Marte.

A equipe de pesquisa conduzida por ele explorou as relações entre a força do campo magnético na superfície da região terrestre de Sirenum e da região marciana de Cimmeria.

Diferente da Terra, Marte não possui um campo magnético global, mas alguns cientistas acrediam que já tenha possuído em algum momento do passado. Estudos anteriores sugerem que este campo, inclusive, tinha a mesma intensidade do campo atual do nosso planeta.

Entretanto, instrumentos de missões anteriores enviadas ao planeta vermelho, que incluem orbitadores e pousadores, localizaram manchas fortemente magnetizadas na superfície marciana.

Essa propriedade não poderia ter sido produzida por um campo semelhante ao terrestre.

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“Nossos resultados mostram que na área com as manchas magnéticas mais fortes, há uma correlação positiva verificável entre o campo magnético e os dados mineralógicos”, disse o estagiário e pesquisador.

“Portanto, o antigo campo magnético global de Marte não precisava ser tão grande para produzir a crosta fortemente magnetizada que observamos hoje”, completou.

Projeto de cooperação entre professor e missão espacial

programa visa treinar alunos árabes de graduação para pesquisas em ciência planetária

Ahmed AlHantoobi é um aluno da Universidade de Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, e passou parte dos últimos dois anos participando de um programa oferecido pelos professores Christopher Edwards e Jennifer Buz no Departamento do Astronomia e Ciência Planetária da NAU.

O programa visa treinar alunos árabes de graduação para pesquisas em ciência planetária e é parte da cooperação de Edwards com o projeto Emirates Mars Mission Hope, da agência espacial dos Emirados Árabes Unidos.

“Minha pesquisa com Jennifer e Christopher foi uma experiência reveladora”, disse AlHantoobi. “Pude experimentar em primeira mão a beleza de descobrir e responder ao desconhecido”, completou o estudante.

Via: Phys.org

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Redator(a)

Edson Kaique Lima é redator(a) no Olhar Digital