Uma equipe internacional de cientistas liderada pela Universidade de Shandong, na China, detectou pela primeira vez na história um furacão espacial. O fenômeno aconteceu na atmosfera superior do polo norte da Terra. Até então, apenas furacões na baixa atmosfera haviam sido registrados.

De acordo com o estudo publicado no Nature Communications no último dia 22 de fevereiro, o furacão espacial durou quase 8 horas no dia 20 de agosto de 2014 e foi registrado por quatro satélites do Defense Meteorological Satellite Program (DMSP), um programa de monitoramento meteorológico do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, durante uma série de observações.

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Mike Lockwood, co-autor do estudo e cientista espacial da Universidade de Reading, no Reino Unido, afirmou em comunicado que até agora era incerto que furacões de plasma espacial existissem: “Então provar isso com uma observação tão impressionante é incrível. Tempestades tropicais estão associadas a grandes quantidades de energia, e esses furacões espaciais devem ser criados por uma transferência excepcionalmente grande e rápida de energia eólica solar e partículas carregadas para a atmosfera superior da Terra”.

Ilustração do furacão espacial. Créditos: Qing-He Zhang/Shandong University

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O furacão era invisível a olho nu e tinha a forma de um funil com um “olho” silencioso no centro, cercado por vários braços espirais de plasma girando no sentido anti-horário (gás ionizado encontrado em todo o sistema solar, inclusive na atmosfera da Terra). Em vez de chover água, o furacão espacial fez chover elétrons diretamente na alta atmosfera da Terra.

“Plasma e campos magnéticos na atmosfera dos planetas existem em todo o universo, então as descobertas sugerem que os furacões espaciais devem ser um fenômeno generalizado”, completou Lockwood.

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“Esse estudo sugere que ainda existem intensos distúrbios geomagnéticos locais e depósitos de energia que são comparáveis ​​aos de supertempestades”, acrescentou Qing-He Zhang, líder da pesquisa e professor da Universidade de Shandong.

Para ele, a descoberta sugere que alguns indicadores de atividades geomagnéticas utilizadas por cientistas “não representam adequadamente a atividade dramática dentro dos furacões espaciais”.

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