Um time de pesquisadores do Observatório Arecibo, em Porto Rico, desenvolveu um recurso que utiliza a polarização, recurso comum em óculos escuros, para auxiliar na defesa da Terra contra asteroides.

A equipe liderada pelo astrônomo Dylan Hickson encontrou uma maneira de interpretar sinais de radar que são refletidos pela superfície dos asteroides. Com estes dados, eles conseguem fornecer informações detalhadas sobre as propriedades físicas das rochas.

“Um asteroide poroso e fofo não representa uma ameaça de impacto tão grande quanto um denso e rochoso”, declarou Dylan. “Com nossa pesquisa, podemos nos preparar melhor para possíveis eventos de impacto”, completou o pesquisador.

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Saber detalhes sobre a composição destes corpos celestes é importante para determinar o nível de risco de colisão deles com a Terra, já que isso é o que define se eles vão se desintegrar na atmosfera ou têm um potencial de causar danos catastróficos ao nosso planeta. 

Comportamento da luz

Um homem em frente a vários computadores
Dylan Hickson analisando os dados das análises feitas com auxílio da polarização. Crédito: Observatório de Arecibo

Com a polarização, a depender da propriedade física da rocha, a luz tem um comportamento diferente em seu retorno para a Terra. 

“Se a superfície do asteroide fosse um espelho liso, por exemplo, ele inverterá a polarização ‘perfeitamente’ quando o sinal for refletido”, explica. “Com uma superfície áspera e rochosa, a luz irá interagir com as bordas, rachaduras e grãos da rocha”, completa Hickson. 

Após receber os dados de volta, os pesquisadores de Arecibo quebram a polarização do sinal em vários componentes para conseguirem decifrar quais são as características da superfície que o produziu.

O uso da polarização para estudo da composição de asteroides não é algo exatamente novo e também não é totalmente confiável. Um exemplo disso foi a análise feita no asteroide Bennu. Na ocasião, as análises indicavam que o corpo celeste era menos rochoso do que ele realmente era.

Via: Phys.org

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