Starship SN11 passa por teste de pressurização

Por Rafael Rigues, editado por Wellington Arruda 12/03/2021 09h38, atualizada em 12/03/2021 10h14
SpaceX Starship SN8 na plataforma de lançamento
Lançamento da Starship deve ser adiada mais uma vez em razão dos atrasos na conclusão da avaliação ambiental da Starbase pela FAA. Imagem: SpaceX
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A SpaceX tem pressa. Pouco mais de uma semana depois do teste da Starship SN10 empresa iniciou os primeiros testes em solo de uma sucessora, a SN11. O protótipo da espaçonave passou nesta quinta-feira (11) por um teste de pressurização, um dos vários que antecedem um disparo estático, quando os propulsores Raptor são acionados com ela presa a solo.

No teste desta quinta-feira, os tanques de combustível da SN11 foram carregados com nitrogênio líquido, que tem uma densidade similar à da mistura de oxigênio líquido e metano usados como combustível, mas sem risco de incêndio ou explosão. O objetivo é analisar sua integridade sob pressão e também detectar quaisquer vazamentos.

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O teste durou cerca de três horas, mas os tanques não foram abastecidos com sua capacidade máxima. Segundo o site Teslarati, isso pode indicar um problema técnico, mas também pode ser uma parte proposital do protocolo de testes.

Também foi testado o Reaction Control System (RCS, Sistema de Controle Reativo), composto por vários propulsores que usam nitrogênio gasoso para controlar a orientação da espaçonave no espaço. Estes propulsores foram disparados de 5 a 10 vezes cada, resultando em “dúzias” de disparos.

Novos testes com a SN11

Se a SN11 for aprovada no teste, a SpaceX poderia fazer um teste de disparo estático já nesta sexta-feira (12). Um comunicado à população local alerta sobre o fechamento de estradas na região da base da SpaceX entre as 10h e as 15h (horário de Brasília).

O último teste de voo de uma Starship, em 4 de março, foi considerado um sucesso apesar de um final “explosivo”. A SN10 decolou e atingiu a altitude alvo de 10 km, onde pairou por 30 segundos. Depois iniciou sua descida “de barriga” rumo ao solo, e a 2 km de altitude usou seus propulsores para se reorientar para a posição vertical e pousar.

Entretanto, segundo Elon Musk, o propulsor produziu menos empuxo durante o pouso do que o esperado, fazendo com que a espaçonave atingisse o solo a uma velocidade de 10 metros por segundo. Isso danificou as pernas responsáveis por mantê-la de pé e a estrutura do foguete. 15 minutos após o pouso, ele explodiu espetacularmente.

Fonte: Teslarati

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital

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Wellington Arruda é redator(a) no Olhar Digital