O epidemiologista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Lotufo, defendeu o retorno das escolas no Brasil. Segundo ele, as atividades da área da educação são prioritárias e seu retorno deve estar à frente de outras áreas, como a indústria e o comércio. 

Em entrevista para o jornal mineiro O Tempo, Lotufo, que é uma voz de referência na área de epidemiologia, disso que todas as escolas do Brasil deveriam estar abertas. “Eu adotei um lema para mim que diz ‘escola: a última a fechar, a primeira a abrir’”, declarou o médico. 

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“Na primeira onda, o que aconteceu foi o inverso, salão de beleza, shopping center, concessionárias abriram, mas não as escolas, e não existe coisa mais importante do que as escolas”, completou o epidemiologista durante live na última sexta-feira (12). 

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Lotufo ainda argumentou que o ensino remoto, que foi adotado pela maior parte das escolas públicas e particulares, impõe muitas dificuldades tanto para os alunos quanto para os professores e possui desvantagens em relação às aulas presenciais. 

Segundo o especialista, a estratégia ideal para o retorno seria em um esquema de rodízio, em que os alunos seriam divididos em três grupos, que frequentariam as escolas em dois dias por semana e teriam horários diferentes de entrada e intervalo. 

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“A medição de temperatura na entrada funciona bem nas escolas e pode ser acompanhado também no intervalo”, declarou Lotufo. “Se tiver suspeita ou casos, pode-se isolar as mini-bolhas”, complementa. 

Cuidados especiais

Professora mede temperatura de alunos
Paulo Lotufo defende que sejam adotadas medidas como a aferição de temperatura. Crédito: Izusek/iStock

No entanto, Paulo Lotufo ponderou que compreende que na teoria as questões são muito mais simples que na prática, em especial para os adultos envolvidos na rotina de uma escola, como professores e funcionários que precisem usar o transporte público. 

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Para essas pessoas, o médico defende prioridade na fila da vacinação. Para Lotufo, professores, funcionários e até vendedores, cantineiros e trabalhadores autônomos que transitem por escolas, como vendedores, devem ser vacinados antes. 

“A escola deve ser muito valorizada porque é a forma que você quebra as desigualdades sociais”, defendeu o epidemiologista. “É a coisa mais importante na sociedade, não é academia, salão de beleza, shopping center, é a escola”, concluiu. 

Via: Tempo 

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