Dois pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa anunciaram a descoberta uma espécie desconhecida de bactérias em amostras coletadas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Mas não se preocupe: elas não são nenhuma criatura mutante que coloca em risco nossas vidas. Pelo contrário, podem nos ajudar em missões de exploração do espaço.

As amostras foram coletadas em duas missões consecutivas da ISS, como parte de um programa que já dura 6 anos e monitora 8 locais na estação em busca de crescimento bacteriano. Entre eles, áreas de convívio comum da estação, como onde os astronautas fazem as refeições, e locais de experimentos, como a câmara para cultivo de plantas.

Interior da Estação Espacial Internacional, na área onde os astronautas fazem as refeições. Fonte: Google Arts & Culture

Quatro cepas de bactérias foram encontradas pelos doutores Kasthuri Venkateswaran e Nitin Kumar Singh. Uma delas, a Methylorubrum rhodesianum, já era conhecida da ciência. Mas três outras, temporariamente identificadas como IF7SW-B2T, IIF1SW-B5 e IIF4SW-B5, eram de uma espécie desconhecida da ciência. Uma análise de DNA indica que são parentes próximas da Methylobacterium indicum.

Espécies do gênero Methylobacterium são envolvidas na fixação de nitrogênio e solubilização de fosfatos, promovendo o crescimento das plantas e controlando biologicamente o crescimento de patógenos.

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Ou seja, elas podem ser nossas aliadas em missões de longa duração, colaborando com esforços já existentes para a produção de alimentos no espaço. “Para cultivar plantas em locais extremos onde os recursos são mínimos, o isolamento de novos micróbios que ajudam a promover o crescimento de plantas em condições de estresse é essencial”, disseram os pesquisadores.

Eles sugerem que a nova espécie seja batizada de Methylobacterium ajmalii, em homenagem ao botânico paquistanês Dr. Ajmal Khan, conhecido por seus estudos da biodiversidade.

“Não é preciso dizer que a ISS é um ambiente mantido extremamente limpo. A segurança da tripulação é a prioridade número 1, portanto, compreender os patógenos humanos e vegetais é importante. Mas micróbios benéficos como o novo Methylobacterium ajmalii também são necessários.”

Fonte: Eureka Alert

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