Uma das principais fornecedoras de componentes eletrônicos da Apple (e do mundo), a taiwanesa Foxconn divulgou nesta terça-feira (30) seus resultados financeiros. A empresa fechou o período fiscal com faturamento anual de US$ 187,9 milhões, na cotação atual, ou 0,3% acima do registrado em 2019.

Apesar disso, os valores mostram que a pandemia impactou ligeiramente o quarto trimestre, encerrando o período com lucro líquido de cerca de US$ 1,61 bilhão (45,97 bilhões de dólares taiwaneses), ou 4% menos do que o mesmo trimestre no ano anterior.

A receita, no entanto, cresceu 15% no período analisado (outubro e dezembro).

Imagem mostra iPhone, da Apple, dentro da caixa do dispositivo que está aberta. A tampa da caixa aparece ao lado.
A Foxconn é conhecida por ser uma das principais fornecedoras de componentes eletrônicos para a produção de dispositivos da Apple. Crédito: 010110010101101/Shutterstock

Segundo o diretor financeiro da empresa, David Huang, o saldo positivo geral se deu por conta das vendas de smartphones, que aumentaram à medida que a demanda por home office cresceu. Smartphones responderam por 63% dos negócios no período.

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Infraestrutura (nuvem e rede) responderam por 18% dos ganhos da empresa, seguido por produtos para computadores (15%).

Vale lembrar que a fabricante não é apenas fornecedora da Apple, mas também é umas das maiores do mundo no fornecimento de insumos para produção de equipamentos diversos de gigantes como Sony, Nintendo, Dell, HP, Intel, Microsoft, Motorola.

Ainda que haja interrupções de serviços, redução de equipes e outros desdobramentos negativos por conta do coronavírus no mercado como um todo, as estimativas da Foxconn são positivas para os próximos meses.

O presidente da empresa, Liu Young-Way, espera que a receita do primeiro trimestre seja “melhor do que o habitual” também pelo mesmo motivo que os fez manter as contas equilibradas no último balanço: aumento nas vendas de smartphones e outros dispositivos que estão diretamente atrelados ao trabalho remoto.

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Apesar disso, a escassez de componentes que ocorreu no último ano por conta da pandemia pode representar um desafio, ressalta o executivo.

Ele afirma que esse déficit pode atingir cerca de 10% dos pedidos de clientes e deve permanecer ao longo de 2021 – mas o executivo continua com uma previsão otimista, com uma estimativa de aumento de 10% para a receita deste ano.

Via: Reuters