Quem nunca pensou em viver fora da Terra? Apesar de incrível, nosso planeta muitas vezes nos oferece coisas não muito legais, a maior parte causada por nós mesmos. Ou como a pandemia do coronavírus. Pensando nisso, um grupo de astrônomos italianos elaborou um estudo apontando qual o lugar mais seguro para se viver em toda Via Láctea.

De acordo com a pesquisa, é importante olharmos para o centro da galáxia quando formos pensar em deixar a Terra. Os astrônomos chegaram nesta conclusão analisando lugares onde explosões cósmicas, como supernovas e rajadas de raio gama, possam ter matado espécies de vida ao expelir partículas de alta energia e radiação que fragmentam o DNA.

publicidade
Ilustração da Galáxia
Astrônomos apontam lugar mais seguro para viver na Via Láctea.
Imagem: Artur Tomskiy/Shutterstock

“Explosões cósmicas poderosas não são desprezíveis para a existência de vida em nossa galáxia ao longo de sua história cósmica”, disse o principal autor do novo estudo, Riccardo Spinelli, astrônomo da Universidade de Insubria, na Itália. “Esses eventos têm contribuído para colocar em risco a vida na maior parte da Via Láctea”, completou.

Levando essa lógica em consideração, os astrônomos decidiram buscar os lugares mais seguros da história de 11 bilhões de anos da galáxia, ou seja, aqueles que estão longe de explosões. O resultado dessa busca aponta que estamos próximos a vizinhos hospitaleiros.

publicidade

Porém, só estar longe de explosões não é o suficiente. Também é necessário que o próximo local habitável esteja em uma zona onde o calor e a atividade de sua estrela hospedeira estejam em uma média, nem forte e nem fraca. Além disso, também é necessário que o lugar consiga combater a radiação prejudicial vinda do espaço interestelar.

Leia também!

publicidade

Para encontrar esse ponto seguro da Via Láctea, os astrônomos utilizaram modelos de formação e evolução, calculando quando regiões da galáxia seriam invadidas por radiação mortal. A pesquisa mostrou que durante anos a zona central era tomada por explosões, mas que com o envelhecer da galáxia, o cenário foi alterado.

Hoje, as regiões intermediárias, formadas por um anel de 6.500 a cerca de 26.000 anos-luz do centro da galáxia, são as áreas mais seguras para a vida. Mais perto do centro, supernovas e outros eventos ainda são comuns e, nos arredores, há menos planetas terrestres e mais explosões de raios gama. Felizmente, nossa “vizinhança galáctica” está se tornando cada vez mais favorável à vida. E, no futuro de longo prazo, haverá menos eventos extremos que poderiam causar outra extinção em massa.

publicidade

“Estou satisfeito em observar que eles parecem colocar [a pesquisa] em uma estrutura rigorosa e têm expectativas realistas sobre o que uma explosão de raios gama faria, e são responsáveis ​​por fatores que às vezes as pessoas esquecem”, afirma Steven Desch, astrofísico da Universidade do Estado do Arizona, ao Live Science.

Via: Space.com

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!