Um grupo de cosmoquímicos da Universidade de Kent, na Inglaterra, encontrou pequenos pedaços de níquel, magnésio e outros sedimentos soltos no cume de Walnumfjellet, na Antártida. As partículas sugerem que um meteorito pode ter caído na região e se estilhaçado no continente gelado há pelo menos 430 mil anos atrás.
Esta combinação química não existe em rochas terrestres. No entanto, combina com a proporção encontrada nos elementos observados em um tipo específico de meteorito conhecido como condrito carbonáceo. As descobertas foram publicadas na edição de 31 de março da revista científica Science.
A maioria dessas partículas varia entre 0,1 e 0,3 milímetros de diâmetro, porém, os pesquisadores encontraram pedaços de rocha o suficiente para, após peneirados e separados do gelo, juntarem 6 quilos de sedimentos.
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O formato da maior parte dos elementos consiste em esférulas fundidas em globos e as misturas elementares delas são bem parecidas com as encontradas em outros dois locais da Antártida, sendo que um deles fica a mais de 2,7 mil quilômetros de distância. Isso sugere que os materiais se originaram de um mesmo evento.
Como foi feita a datação
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Para conseguir definir a idade das partículas, os cientistas precisaram fazer a datação de carbono dos núcleos de gelo em que elas se encontravam. Nisso, eles chegaram à conclusão de que esse gelo possuía 430 mil anos, o que presume que as rochas recém-descobertas caíram em um período parecido.
Por meio de simulações, os pesquisadores concluíram que o meteoro tinha entre 100 e 150 metros de diâmetro e deve ter explodido em baixa altitude. O impacto da explosão pode ter atingido uma área de 100 mil km², mas sem deixar nenhuma cratera. Apesar de ser considerada uma colisão de baixo impacto, caso acontecesse hoje em uma área povoada, a explosão causaria uma tragédia de alguns milhões de mortos.
Com informações do Science News
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