A Coursera, startup de educação à distância, realizou nesta quarta-feira (31) o seu IPO (oferta pública inicial, em tradução). Na estreia na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), os preços das ações subiram 18%, o que fez com que a empresa fechasse o primeiro dia de negociações avaliada em US$ 5,86 bilhões.
O preço por ação da empresa para o IPO foi pré-fixado em US$ 33 na noite anterior à abertura de capital – o que significa que a startup teria um valor de mercado estimado que beirava os US$ 4,3 bilhões.
O montante atual é quase o dobro da avaliação do ano passado, quando a edtech fez rodadas de investimentos. Segundo dados da Pitchbook, empresa especializada em análise e pesquisa sobre o mercado de investimentos, a Coursera chegou ao valor de US$ 2,57 bilhões à época.
Por mais que a pandemia tenha trazido desafios inigualáveis para diversas empresas, algumas se beneficiaram. Com grande parte da população mundial confinada por conta do isolamento social, o ensino à distância e sob demanda foi impulsionado e muitos indivíduos estão investindo em melhorar habilidades ou mudar de carreira – e, nesse sentido, esse período foi de grande valia para a startup.
Prova disso foram os investimentos no mundo que o mercado de capital privado realizou ao longo de 2020. Foram mais de US$ 13 bilhões injetados em edtechs globalmente – aumento de 172% com relação a 2019, segundo a Pitchbook.
Em prol do ensino online
A Coursera foi fundada em 2012 por dois professores de ciências da computação da Universidade de Stanford (EUA): Andrew Ng e Daphne Koller. Com cursos online, ela iniciou parcerias de conteúdos com mais 17 universidades.
Um ano depois, a Coursera selou acordos com outras 29 universidades, sendo 16 de fora dos Estados Unidos.
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Além das aulas online, um dos principais diferenciais da empresa são as parcerias com renomadas universidades do mundo, especialmente as que compõem a estimada Ivy League, como Columbia e Yale. Hoje, são mais de 200 instituições, incluindo as brasileiras USP, Unicamp e Insper.
As aulas são ministradas de forma gratuita, e todas possuem a possibilidade de emissão de certificados de conclusão de curso mediante um valor referente à prova – sendo necessário 80% de acerto para aprovação.
Via: Pitchbook, TechCrunch, Reuters