No último fim de semana um vazamento de dados do Facebook mostrou mais uma vez a vulnerabilidade da rede social. Hackers expuseram mais de 533 milhões de informações pessoais de usuários de 106 países do globo, incluindo o Brasil.

O que esse evento mostrou é que toda plataforma está sujeita a falhas e depois que os dados ficam públicos pouca coisa pode ser feita. Então o melhor é garantir a segurança de tudo o quanto antes.

Vazamento de dados

Primeiramente é importante deixar claro os riscos que um vazamento desses coloca os usuários. Podemos pensar que são informações “acessíveis” e pouco perigosas. Mas na mão de hackers esses dados valem muito.

“A maior parte das senhas envolvem datas de nascimento. Se o hacker consegue suas informações, pode traçar um perfil e até mesmo conseguir acesso em outras plataformas com seu login”, explica Felipe Guimarães, CEO da LGPDY, empresa especializada em segurança digital.

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O especialista ainda conta que um banco de dados desse tamanho é um prato cheio para os criminosos, que podem vender essas informações para outros grupos e empresas ou até mesmos utilizá-las para tentar roubar os usuários. Com nome completo, CPF e telefone muita coisa fica acessível.

“Em situações de vazamento de dados, pouco ou nada pode ser feito. Porém, medidas como mudança de senhas sempre minimizam a chance de acessos indevidos ou utilização de dados para o cometimento de crimes. Como, em regra, nunca sabemos se os sites que utilizamos são seguros, foram testados quanto ao risco de ataques ou se têm algum tipo de certificação de segurança, é recomendável que as senhas sejam de tempos em tempos trocadas, independentemente de vazamentos ou não”, explica Adriana de Moraes Cansian, advogada em direito digital da Resh Cyber Defense.

“Cabe ao usuário adotar condutas proativas que vão desde o dispositivo com o qual se conecta, até a complexidade das senhas que utiliza e embora muito já se tenha falado sobre estes pontos, pouco foi compreendido sobre eles”, completou ainda.

Felipe também explica que após um vazamento de dados pouca coisa pode ser feita. O especialista ainda recomenda o uso de chaveiros digitais, serviços que armazenam senhas, avisam quando elas precisam ser trocadas e alerta caso seja uma senha fácil de ser quebrada.

No fim das contas, a responsabilidade é da plataforma, que possui o dever de guardar os dados dos usuários. “O dever é deles, mas infelizmente o usuário comum não pode fazer muita coisa quando um vazamento de dados desse tipo acontece”, finaliza Felipe.