Ações da Tesla disparam e montadora deve alcançar valor de US$ 1 trilhão

A ofensiva da Tesla no mercado de fornecimento e armazenamento de energia mostra sucesso na bolsa de valores, com os preços das ações subindo
Por Karoline Albuquerque, editado por Renato Mota 12/04/2021 15h37, atualizada em 12/04/2021 16h48
Tesla
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Uma das mais populares marcas de veículos elétricos, a Tesla agora quer abocanhar outro mercado. A montadora comandada pelo CEO Elon Musk tenta conquistar a indústria de geração e armazenamento de energia, um mercado trilionário.

A movimentação já altera o preço das ações da Tesla (TSLA), alcançando um valor de mercado próximo a US$ 1 trilhão. De acordo com o analista Jed Dorsheimer, da Canaccord Genuity, empresa de serviços financeiros e banco de investimentos, nesta segunda-feira (12), o valor de cada ação da companhia deve subir 58%, de US$ 419 (R$ 2.387,50) para US$ 1.071 (R$ 6.102,67).

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Por enquanto, nesta tarde, as ações chegaram a US$ 700, quase R$ 4 mil, com o dólar cotado a R$ 5,69. A analista Cathie Wood, da Ark Invest Management, segue a mesma linha que Dosheimer e vê a Tesla com ações a US$ 3 mil até 2025.

Na opinião do analista da Canaccord, em nota enviada aos clientes, esse crescimento se dá pelo ecossistema criado pela montadora similar ao da Apple. Dorsheimer acredita que o desenvolvimento no setor energético é parecido com o da empresa da maçã quando se trata de computação e entretenimento.

O sedã Tesla Model 3. Imagem: Tesla/Divulgação
O sedã Tesla Model 3. Imagem: Tesla/Divulgação

“Acreditamos que a Tesla detém uma liderança de vários anos e está se expandido agressivamente no armazenamento (de energia), portanto sentimos que nosso múltiplo é garantido”, avaliou. O analista foca diferente de quem vê a montadora apenas pelos veículos elétricos e tecnologia autônoma.

Elon Musk já havia falado, relembrou o site britânico Electrek, sobre o potencial subestimado da Tesla Energy. Ele afirmou que a empresa “está se tornando uma distribuidora global de utilidade e pode crescer mais do que o setor de automóveis”.

Por enquanto, a Tesla volta recursos para a demanda das baterias na fábrica de Freemont, na Califórnia. A companhia trabalha ainda em parceria com a Panasonic, em Nevada, e negocia fornecimento com a LG Chem Ltda. No futuro, com a queda nas restrições de fornecimento, a Tesla deve atender à demanda de armazenamento doméstico.

Via: Bloomberg / Business Insider / Electrek

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital

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Renato Mota é redator(a) no Olhar Digital