Quem procura informações sobre a liberação das primeiras parcelas do novo auxílio emergencial 2021 deve ficar atento para não cair em possíveis golpes digitais.
Os pesquisadores da empresa de cibersegurança Kaspersky Lab localizaram uma série de aplicativos falsos na Play Store, loja oficial de apps do Google, que prometem consultas ao valor do auxílio emergencial, calendários de pagamentos e outros detalhes, mas em vez disso inundam os usuários com propagandas.
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Apesar de os apps não pedirem nenhum dado pessoal, alguns chegam a solicitar o número do PIS, um número de identificação social que pode ser consultado nos extratos do FGTS, no Cartão Cidadão ou ainda na Carteira de Trabalho.
Os aplicativos falsos exibem muita propaganda ao longo do uso e fazem isso de forma bastante invasiva, garantindo visualizações de página (pageviews) e lucro ao seu criador.
Para incentivar o uso estes apps enviam uma grande quantidade de notificações, que são exibidas pelo menos a cada 10 minutos. Desta forma, garantem ainda mais visualizações nas propagandas, muitas das quais não são relacionadas ao auxílio emergencial.
“Existe uma grande possibilidade desses aplicativos se tornarem, eventualmente, maliciosos. Basta apenas uma atualização do desenvolvedor para que o app comece a pedir dados pessoais dos usuários. Dessa forma, os cibercriminosos poderão se abastecer de informações pessoais e financeiras”, explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky.
Fabio ainda ressalta que quando um usuário instala o app falso, muitas vezes será redirecionado, após a exibição de muita propaganda, para o site da Caixa Econômica Federal. Ou seja, o app não tem “função” prática nenhuma.
Essa não é a primeira vez que o auxílio emergencial é usado como tema por cibercriminosos. Em dezembro de 2020 uma notícia falsa circulou nas redes sociais sobre um “Abono Emergencial de Natal”, direcionando os internautas a clicar em links maliciosos.
Isso poderia levar os usuários a contratar serviços premium (que são cobrados mensalmente na conta telefônica) sem seu consentimento ou, ainda, ter dados pessoais ou financeiros roubados.
Fonte: Kaspersky