O Twitter removeu conteúdo criticando o governo da Índia pelas ações na pandemia da Covid-19. O país está passando pelo pior momento do surto, com um aumento expressivo de casos e óbitos. O local é considerado o próximo epicentro da doença.

Pelo menos 50 tweets que criticavam a forma como o governo indiano está lidando com a pandemia foram apagados da plataforma. O caso foi relatado pelo jornal local MediaNama. O pedido foi feito pelas autoridades do país, que enviaram uma lista com 52 publicações que deveriam ser removidas.

publicidade

“Quando recebemos uma solicitação legal válida, nós a analisamos de acordo com as Regras do Twitter e com a legislação local. Se o conteúdo violar as regras do Twitter, o conteúdo será removido do serviço”, disse um porta-voz do Twitter sobre a ação na Índia ao The Verge.

Índia e o Twitter

O conflito entre a rede social e o governo indiano começou em fevereiro desse ano, durante protestos de agricultores organizados pelo Twitter. Na época, a empresa removeu permanentemente mais de 500 contas após um pedido das autoridades.

publicidade

Uma lei aprovada na índia diz que qualquer material considerado pelo governo como difamatório ou que incite a violência precisa ser removido das mídias sociais, incluindo o Twitter. Os posts removidos não são só de usuários comuns, mas de veículos jornalísticos e políticos de oposição também.

Leia também:

publicidade

“Se for determinado que é ilegal em uma jurisdição específica, mas não uma violação das Regras do Twitter, podemos reter o acesso ao conteúdo apenas na Índia. Em todos os casos, notificamos o titular da conta diretamente para que eles saibam que recebemos um mandado relacionado à conta”, completou a plataforma.

No último domingo (25), o país registrou 352 mil novos casos de Covid-19, esse foi o recorde mundial batido pelo quinto dia consecutivo. As mortes foram 2.812 confirmadas. Os números seguem crescendo e a Índia deve se tornar o novo epicentro da doença. Uma variante local, que teria influenciado nesse aumento de casos, também é investigada.

publicidade

Via The Verge