A Ford anunciou a construção de um novo centro de desenvolvimento de baterias em Michigan (EUA), cujo objetivo principal é construir as células que alimentarão seus carros elétricos. O Ford Ion Park, que será inaugurado no fim do próximo ano, reunirá uma equipe de 150 especialistas que desenvolverão pesquisas para criar baterias mais duradouras, rápidas de carregar e sustentáveis para o meio ambiente.
A montadora também quer acelerar (e diminuir os custos) sua produção de baterias. A unidade de Michigan não fabricará os componentes em escala, contando apenas com uma produção em “escala de laboratório e escala piloto”, de acordo com o diretor do centro, Anand Sankaran.
O lançamento da linha própria de baterias da Ford não foi revelado, tampouco se a empresa pretende construir uma nova fábrica apenas para abrigar a produção de baterias. “Nosso objetivo é desenvolver essa expertise e competência internamente e nos dar essa flexibilidade no futuro”, afirma Hau Thai-Tang, diretor de plataforma e operações da Ford.
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A equipe do Ford Ion Park também irá explorar melhores oportunidades de integração e inovação em todos os aspectos da cadeia de valor – das minas à reciclagem. “Estamos modernizando as capacidades de desenvolvimento e fabricação de baterias da Ford para que possamos controlar melhor os custos e as variáveis de produção internamente e dimensionar a produção em todo o mundo com velocidade e qualidade”, disse Thai-Tang.
A montadora ainda está nos estágios iniciais de sua transição para veículos elétricos, e planeja gastar US$ 22 bilhões na mudança – incluindo US$ 7 bilhões em veículos autônomos – até 2025. O primeiro elétrico da Ford foi o Mustang Mach-E, lançado em 2019 com um motor elétrico de mais de 459 cavalos de potência, que vai de 0 a 100 km/h em 3 segundos, e uma transmissão manual de seis velocidades.
Um bug descoberto recentemente, porém, faz com que o veículo entre em modo de hibernação e não ligue, mesmo estando com a bateria totalmente carregada. Isso acontece por conta de um problema bem específico do sistema das primeiras unidades vendidas e envolve a bateria de 12v. Esse componente é muito menor que o propulsor principal e tem a função de ligar alguns componentes do carro durante sua inicialização.
Essa segunda bateria é composta por chumbo-ácido e mantida carregada ao consumir energia da bateria maior, de íon-lítio. Mas, segundo alguns proprietários, isso não tem acontecido quando o veículo é conectado para carregamento do propulsor principal. Em um boletim de serviço técnico, a Ford reconheceu o problema e observou que ele é relacionado ao software e ao módulo de controle do trem de força do veículo.
Via: The Verge