A família Lee, dona do império Samsung Eletronics, disse que irá pagar mais de US$ 10,8 bilhões (12 trilhões de wons) em impostos de herança pelo espólio – conjunto de bens que será partilhado – deixado pelo falecido presidente da empresa, Lee Kun-hee. A grande coleção de artes particular do empresário será doada para curadores estaduais.
Lee, que transformou a Samsung em uma das maiores companhias de tecnologia, morreu em 25 de outubro de 2020, aos 78 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas o empresário já estava internado há algum tempo, após sofrer um ataque cardíaco. O comando da empresa ficou para seu único filho, Jay Y. Lee.
A taxa de imposto sobre herança na Coreia do Sul é a segunda maior do mundo, depois do Japão. A forma como a família vem lidando com a lei de imposto tem sido acompanhada de perto, já que ela tem potencial de diluir o controle acionário dos Lee na empresa.

“É nosso dever cívico e responsabilidade pagar todos os impostos”, disse a família em um comunicado divulgado pela Samsung. Eles pretendem quitar as dívidas em seis parcelas, nos próximos cinco anos, começando este mês.
Após o anúncio, o preço da bolsa da Samsung C&T Corp – holding do conglomerado Samsung – caiu 5,5%. Investidores precisarão, no entanto, esperar por documentos regulatórios para descobrir as mudanças nas participações acionárias dos membros da família.
“Houve decepção geral dos investidores, pois nenhum detalhe sobre como as participações serão divididas foi revelado”, disse o analista Lee Sang-hun da HI Investment & Securities.
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Segundo a Reuters, a família já vinha discutindo a possibilidade de usar ações de empresas afiliadas como garantia de empréstimos pessoais para pagar parte dos impostos e evitar a venda de participações da Samsung. Mas, segundo analistas, a família acabará precisando usar ações pessoais e as de Lee para conseguir manter em dia o pagamento dos impostos.
Coleção bilionária de arte
A coleção de arte pessoal de Lee incluía obra de Picasso, Monet e Chagall. Somando um montante de US $ 1,76 bilhão, elas serão doadas a organizações como o Museu Nacional da Coreia e o Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea.
1 trilhão de wons também serão doados com o objetivo de melhorias na saúde pública, incluindo 500 bilhões de wons para construir o primeiro hospital especializado da Coreia do Sul em doenças infecciosas.
Fonte: Reuters
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