O Spotify divulgou números atualizados de sua base de usuários referentes ao 1º trimestre. O total de membros na plataforma cresceu 24%, chegando a 356 milhões de pessoas com uma conta ativa. Destes, 158 milhões são assinantes do plano premium (alta de 21%), onde uma taxa de assinatura é cobrada pela reprodução de músicas sem anúncios ou interrupções, dentre outros benefícios.
Os números divulgados estão dentro das expectativas divulgadas pelo próprio Spotify no começo do ano, o que é uma notícia boa para a companhia. Entretanto, o mercado teve uma reação morna: analistas antecipavam um crescimento que superasse tais expectativas, com especulações de um aumento de nove milhões de novos assinantes no perídodo — e não três milhões.
No que tange ao lado financeiro, o Spotify teve lucro de 23 milhões de euros, contra um prejuízo de 145 milhões, um ano antes. O faturamento foi de 2,15 bilhões de euros, alta de 16%.
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Apesar dos números positivos, o valor unitário das ações do Spotify na Bolsa caiu. Os papéis da empresa passaram a ser comercializados a US$ 265, uma redução de 9,5%.
O contexto deve se repetir no próximo trimestre. O Spotify antecipa aumentar a base de assinantes premium para algo entre 162 milhões e 166 milhões até o fim de junho. Analistas em Wall Street, porém, especulam que esse número deve chegar a algo próximo de 174 milhões. Já a base total de usuários deve ficar na casa de 373 milhões, segundo a empresa.
Líder de streaming
Apesar da reação morna do mercado, o Spotify vem solidificando sua posição como plataforma líder de streaming no mercado global. O consenso dos analistas é o de que a Apple — com o seu Apple Music — vem em segundo lugar.
De alguns anos para cá, o Spotify vem apostando em outras formas de conteúdo e tornando-se menos dependente do setor musical. Em fevereiro de 2019, a plataforma sueca anunciou a compra da Anchor e da Gimlet — duas das maiores empresas do setor de produção de podcasts — efetivamente entrando em guerra aberta contra a Apple em outros campos que não a música.
Desde então, diversas atrações foram adquiridas ou produzidas pelo Spotify em caráter exclusivo, como, por exemplo, o “Joe Rogan Experience”, apresentado pelo comediante, comentarista esportivo e lutador Joe Rogan (o mesmo onde Elon Musk fumou um baseado); e também “Renegades: Born in the USA”, apresentado pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama, e o músico americano Bruce Springsteen.
Fonte: CNET