A Rússia está pronta para testar a eficácia do “RS-28 Sarmat”, seu míssil nuclear popularmente conhecido como “Satan II”. O projeto, em desenvolvimento há anos, foi aparentemente finalizado e está pronto para avançar para as avaliações militares práticas.
Segundo o governo russo informou para a agência de notícias TASS (ela própria, um canal oficial governamental), o míssil balístico intercontinental (ICBM) é tido como “invulnerável” e vem para substituir, bem…o “Satan” (ou “R-36M2 Voevoda”), que vinha sendo usado desde os anos 1970.
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“O primeiro lançamento do ICBM Sarmat avaliará seu desenvolvimento de voo, e testes serão executados, esperamos, no terceiro trimestre de 2021, com o alvo sendo um campo na base de testes de Kura, na região de Kamchatka”, disse um porta-voz à agência.
Segundo as definições técnicas, um míssil balístico intercontinental é uma arma de trajetória pré-determinada, que não pode ser alterada uma vez que for lançado. Com um alcance médio de 5,5 mil quilômetros de distância (para os modelos mais antigos, vale citar), ele costuma ser a escolha mais óbvia para carregar cargas nucleares, já que sua longa capacidade de voo o torna capaz de atravessar continentes inteiros.
Hoje, além da Rússia, os Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Coreia do Norte têm ICBMs em seu arsenal. A Rússia, porém, desenvolveu o Satan II com alcance de 18 mil quilômetros e capacidade de carga nuclear de 10 toneladas.
Mais além, a arma supostamente tem um sistema autônomo de navegação que lhe permite a auto aceleração para evitar sistemas de detecção. E devido a seu alcance ele pode, literalmente, “escolher” o caminho mais longo – como, por exemplo, contornar os polos Norte ou Sul para chegar aos EUA ao invés de seguir uma linha reta – a fim de evitar radares e bases de outros países.
Se os testes se mostrarem satisfatórios, o governo da Rússia deve começar a implementar o Satan II no início de 2022.
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