As vacinas contra a Covid-19 – já disponíveis nos Estados Unidos – seguem dando resultado durante a pandemia com três imunizantes que oferecem eficácia em média de 66% a 95%, além da proteção maior contra doenças graves e morte. Porém, isso depende se a vacinação é feita conforme as instruções.

A maioria das pessoas aparecem para a segunda consulta, mas cerca de 8% perderam a segunda dose. A informação foi dada pelo Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas em uma recente coletiva de imprensa na Casa Branca.

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Fauci deu dados de diferentes estudos que apontam que, embora uma dose possa ser sim suficiente para oferecer proteção, completar a série vacinal e receber a segunda dose é a melhor forma de garantir proteção contra o vírus.

Vacina da Pfizer segunda dose
Foto: pcruciatti/Shutterstock

Por isso, o ideal é não se acomodar após tomar a primeira dose da vacina. De acordo com a Dra. Anne Liu, médica de doenças infecciosas da Stanford Health, a proteção dada pela primeira dose foi medida em curto prazo e os dados são limitados: “É verdade que com a primeira dose parece haver um grau de proteção bastante substancial, começando algumas semanas após a primeira dose, não sabemos quanto tempo dura essa proteção.” 

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Inclusive, outra razão para não confiar plenamente na primeira dose é o fato de que a imunidade pode ser difícil de medir. Liu disse que é muito mais fácil medir uma resposta de anticorpos, entretanto, não mostra o quadro completo. Ademais, as respostas imunológicas variam de pessoa para pessoa.

Sendo assim, receber a segunda dose envia mais força para o seu sistema imunológico atacar quando necessário, como se fosse um lembrete. “O objetivo da segunda dose é tornar o anticorpo produzido mais específico”, explicou Liu. 

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Caso a pessoa tenha perdido o tempo certo de tomar a injeção, é melhor tarde do que nunca, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. É muito importante receber a injeção de reforço e ser mais tarde ou mais cedo não significa ter que reiniciar o regime de vacina. O prazo estimado é receber a segunda dose da Pfizer é de 21 dias depois da primeira injeção, já no caso da segunda dose de Moderna seria 28 dias após a primeira. 

A Dra. Hana Akselrod, professora assistente de medicina na George Washington University, pediu para manter em mente a série de vacinas que as crianças recebem. “Quando alguma coisa atrapalha e uma criança perde o que deveria ser um acompanhamento de três meses ou seis meses ou um ano, o pediatra não desiste de vaciná-la”, disse.

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Pode misturar e combinar as doses da vacina?

O conselho é manter o mesmo tipo de vacina para ambas as doses. O Dr. Aditya Shah, consultor de doenças infecciosas da Clínica Mayo em Minnesota, afirmou que ainda não há dados suficientes para dar às pessoas luz verde para trocar vacinas: “Não tenho dados suficientes para dizer o contrário.”

Tomar as duas doses da vacina (Pfizer e da Moderna) garante que você tenha a melhor proteção possível contra as variantes do vírus. Por mais que sofra a mutação e encontra outras maneiras de contornar uma vacina, a esperança é que a vacinação completa irá prevenir os casos mais graves de Covid-19 e evitar a morte. “Estamos em uma corrida armamentista com este vírus agora, no que diz respeito às variantes”, disse Akselrod.

Portanto, se não vacinarmos com as duas doses um número suficiente de pessoas com sistemas imunológicos saudáveis, o vírus terá mais espaço para sofrer mutações e se espalhar.

Facilidade para as pessoas obterem as duas doses

Programas de extensão, como o Federal Retail Pharmacy Program e a perda do requisito de consulta nos locais de vacinação, é um começo, sendo muito importante entender qual o motivo das pessoas hesitarem em receber a segunda dose.

“Precisamos nos esforçar muito para educar as pessoas sobre a segunda injeção e fornecer caminhos para que elas voltem para a segunda injeção”, pontuou Shah. 

Uma possível razão é o nervosismo devido aos efeitos colaterais. Por outro lado, é um investimento precioso para garantir a saúde. “Eu recomendaria às pessoas, tanto na minha vida pessoal quanto na minha capacidade profissional, que não economizassem no que diz respeito à saúde”, concluiu ela. 

Fonte: CNET

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