O Facebook afirmou na última quarta-feira (27) que irá suspender a proibição de postagens que aleguem que a Covid-19 foi criada pelo homem. A mudança vem após uma reportagem do Wall Street Journal revelar informações de um relatório da inteligência dos EUA, que acredita em um possível acidente de laboratório.

“À luz das investigações em andamento sobre a origem da Covid-19 e em consulta com especialistas em saúde pública, não removeremos mais a alegação de que a Covid-19 é feita pelo homem de nossos aplicativos. Continuamos a trabalhar com especialistas em saúde para acompanhar a evolução da natureza da pandemia e atualizar regularmente nossas políticas à medida que novos fatos e tendências surgem”, afirmou a empresa.

De acordo com o tabloide The Guardian, o documento mencionado pelo jornal indica que membros da equipe do Wuhan Institute for Virology procuraram atendimento médico pouco antes do surto do coronavírus com sintomas parecidos com o da gripe. A reportagem alimenta o debate da origem do coronavírus e foi muito criticada, sendo acusada de não ter evidências suficientes para repassar a informação.

Facebook não irá mais proibir postagens que alegam que a Covid-19 foi criada pelo homem. Imagem: Shutterstock
Facebook não irá mais proibir postagens que alegam que a Covid-19 foi criada pelo homem. Imagem: Shutterstock

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Para impedir que a mudança na política surta o efeito contrário nas redes sociais, o Facebook reforçou as restrições a usuários que compartilham de forma recorrente informações falsas e incorretas na plataforma. De acordo com a nova regra, usuários que estão sempre compartilhando conteúdos falsos terão suas postagens excluídas, assim como o alcance de sua rede diminuído. Páginas também serão punidas por não seguir as diretrizes.

“Quer seja conteúdo falso ou enganoso sobre a Covid-19 e vacinas, mudança climática, eleições ou outros tópicos, estamos garantindo que menos pessoas vejam informações incorretas em nossos aplicativos”, disse a rede social em um comunicado.

O Facebook havia proibido alegações desse teor em fevereiro deste ano e alertou que qualquer usuário que publicasse que a Covid-19 foi “feita ou fabricada pelo homem” seria punido com a remoção do conteúdo e, no caso de insistir na ‘falácia’, o resultado seria o banimento total do site.

No mesmo mês da proibição, a rede social de Mark Zuckerberg afirmou que, no primeiro ano da pandemia da Covid-19, removeu mais de 14 milhões de informações incorretas sobre a Covid-19 e, dentre elas, 110 mil partiam de contas australianas.

Fonte: The Guardian

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