Bactérias podem tratar doença de Crohn e colite ulcerosa, diz estudo

Gabriela Bulhões28/05/2021 13h37
e_coli_shutterstock_1417926962
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um estudo publicado na Nature Communications descobriu que um consórcio de bactérias projetado para complementar funções ausentes em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), preveniu e tratou a colite crônica em modelos de camundongos humanizados. 

O autor sênior do estudo, Balfour Sartor, disse que os resultados são encorajadores para uso futuro no tratamento da doença de Crohn e pacientes com colite ulcerosa.

“A ideia com este tratamento é restaurar a função normal da bactéria protetora no intestino, visando a fonte de IBD, em vez de tratar seus sintomas com imunossupressores tradicionais que podem causar efeitos colaterais como infecções ou tumores”, explicou.

Os consórcios de bactérias vivas – chamados GUT-103 e GUT-108 – foram desenvolvidos pela empresa de biotecnologia Gusto Global. O GUT-103 é composto por 17 cepas de bactérias que atuam para se proteger e se alimentar. Já o GUT-108 é uma versão refinada de GUT-103, usando 11 isolados humanos relacionados às 17 cepas. As combinações permitem que a bactéria permaneça no cólon por um período de tempo, diferente de outros probióticos que não são capazes de viver no intestino ou passar pelo sistema rapidamente.

GUT-103 e GUT-108 foram administrados via oral três vezes por semana a camundongos sem bactérias presentes, que foram especialmente desenvolvidos e tratados com bactérias humanas específicas, ou seja, criando um modelo de camundongo humanizado. 

Leia mais:

O processo funcionou com os consórcios de bactérias terapêuticas trabalhando e abordando alvos, em vez de direcionar uma única citocina para bloquear as respostas de inflamação a jusante e reverter a inflamação estabelecida.

“Ele também diminuiu os patobiontes – bactérias que podem causar danos – ao mesmo tempo em que expandiu as bactérias protetoras residentes e produziu metabólitos que promovem a cura da mucosa e respostas imunorregulatórias”, afirmou Sartor.

Fonte: Medical Xpress

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Redator(a)

Gabriela Bulhões é redator(a) no Olhar Digital

Ícone tagsTags: