‘Far Cry 6’ abordará LGBTQ+, fascismo e imperialismo no jogo: “Nossa história será política”

Por Arthur Henrique, editado por André Lucena 04/06/2021 09h03, atualizada em 04/06/2021 19h01
Cartaz oficial de 'Far Cry 6'. Imagem: Ubisoft/Divulgação
Cartaz oficial de 'Far Cry 6'. Imagem: Ubisoft/Divulgação
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Cerca de uma semana após afirmar que não iria politizar o jogo, a Ubisoft voltou atrás. De acordo com uma nova declaração, publicada pelo diretor Navid Khavari no site oficial do game, ‘Far Cry 6‘ terá, sim, fortes inclinações políticas.

“Deve ser uma história sobre uma revolução moderna”, escreveu Khavari. “Há discussões difíceis e relevantes em ‘Far Cry 6’ sobre as condições que levam ao surgimento do fascismo em uma nação, os custos do imperialismo, trabalho forçado, a necessidade de eleições livres e justas, direitos LGBTQ+ e muito mais dentro do contexto de Yara, uma ilha fictícia do Caribe”.

O diretor explica que os desenvolvedores do jogo se inspiraram não apenas em Cuba, “mas também em outros países ao redor do mundo que passaram por revoluções políticas em suas histórias”. Segundo ele, o título foi trabalhado com base em relatos de pessoas que podiam “falar pessoalmente” sobre o passado e as culturas dessas inspirações, além de consultas com especialistas para garantir que a história fosse “contada com sensibilidade”.

Apesar de confirmar a premissa política, Khavari pede cautela. “As conversas e pesquisas feitas sobre as perspectivas daqueles que lutaram contra as revoluções no final dos anos 1950, início dos anos 1960 e além estão absolutamente refletidas em nossa história e personagens”, diz. “Mas, se alguém está buscando uma declaração política simplificada e binária especificamente sobre o clima político atual em Cuba, não a encontrarão. Eu sou de uma família que sofreu as consequências da revolução [pela] vida inteira. Eu só posso falar por mim, mas é um assunto complexo que nunca deve ser reduzido a uma citação”.

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Khavari também pediu aos jogadores paciência para “deixar a história falar por si mesma” antes de julgar a política e independentemente do que pensarem sobre a história do novo título da franquia da Ubisoft. “O que encontrarão é uma trama cujo ponto de vista tenta capturar a complexidade política de uma revolução moderna e atual dentro de um contexto fictício. Tentamos contar uma história com ação, aventura e coração, mas que também não tem medo de fazer perguntas difíceis. ‘Far Cry’ é uma marca que em seu DNA busca ter temas maduros e complexos equilibrados com leviandade e humor. Um não existe sem o outro e temos tentado atingir esse equilíbrio com cuidado. Minha única esperança é que estejamos dispostos a deixar a história falar por si mesma antes de formar opiniões duras sobre suas reflexões políticas”, concluiu Khavari.

Far Cry 6
Arte promocional de ‘Far Cry 6’. Imagem: Ubisoft/Divulgação

Próxima sequência da franquia de jogos de ação, ‘Far Cry 6’ tem a trama situada em Yara, uma “ilha no coração do Caribe” marcada por paisagens naturais extremamente ricas e centros urbanos em decadência. Os jogadores poderão encarnar o evolucionário Dani Rojas para livrar o local das mãos do ditador Antón Castillo. Em outra entrevista, ao site The Gamer, Khavari afirmou que o título se inspira em guerrilheiros do passado, mas que a história do game não guarda qualquer semelhança com eventos históricos.

Vale lembrar que ‘Far Cry 6‘ chega no dia 7 de outubro para PlayStation (PS4 e PS5), Xbox (One e Series X|S) e PC.

Fonte: PC Gamer

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Arthur Henrique é redator(a) no Olhar Digital

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.