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De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, a Nvidia apresentou, nas últimas semanas, um pedido para que reguladores de concorrência da China analisassem sua aquisição da fabricante britânica de chipsets ARM Holdings. A operação, estimada em US$ 40 bilhões, foi anunciada em setembro do ano passado.
O problema é que advogados antitruste chineses afirmaram que os órgãos asiáticos podem demorar de um ano a 18 meses para investigar a compra feita pela empresa especializada na fabricação de processadores gráficos. O período ultrapassaria o prazo inicial estimado pela Nvidia, que esperava concluir a transação em janeiro do ano que vem.
Embora nenhuma das empresas envolvidas na negociação sejam chinesas, a China é considerada um grande mercado para a ARM, já que licencia seus projetos de chips com eficiência energética por meio de uma joint venture local, a ARM China. Aliado a isso, o grande volume de vendas da fabricante britânica para o país asiático daria o direito aos reguladores chineses de revisar a aquisição.
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Mas durante esse período de análise, muitas coisas podem acontecer. Isso porque pessoas ligadas ao processo disseram que fabricantes de chips da China como HiSilicon e Semiconductor Manufacturing International Corporation, além do grupo estatal E-Town Capital, teriam demonstrado oposição ao acordo.
O motivo? As entidades chinesas temem entregar à americana Nvidia um grande controle de design de chips que sustenta uma parcela considerável da indústria da China. Vale lembrar que, desde a gestão do ex-presidente americano Donald Trump, os Estados Unidos executaram diversas sanções contra empresas chinesas, intensificando a guerra comercial entre os países.
Segundo Jensen Huang, presidente-executivo da Nvidia, a aquisição da ARM “só traria mais inovação ao mercado”. Apesar dos impasses, o executivo também disse estar confiante de que a operação será concluída dentro do prazo inicial previsto.
No entanto, além da análise dos reguladores chineses, a aquisição da fabricante britânica pela Nvidia também é investigada por órgãos antitruste do Reino Unido, Europa e Estados Unidos. Apesar do otimismo de Huang, apenas os próximos episódios poderão confirmar quando — e se — o negócio vai ser finalizado.
Fonte: Financial Times
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Esta post foi modificado pela última vez em 8 de junho de 2021 11:06