De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, mulheres lactantes vacinadas com a CoronaVac possuem anticorpos contra a Covid-19 em seu leite mesmo após quatro meses da vacinação.
O estudo foi realizado com 20 mulheres do complexo hospitalar da USP que tenham recebido as doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan entre janeiro e fevereiro deste ano.
Segundo reportagem do O Globo, as amostras foram analisadas para presença de anticorpos imunoglobulina A (IgA) em imunoensaio (ELISA). O teste foi realizado nos mesmos parâmetros utilizados por Israel para contestar a presença de anticorpos da Covid-19 em lactantes que receberam o imunizante da Pfizer.
A pesquisa mostra ainda que, quando vacinadas, as mães podem transmitir anticorpos para os bebês através da placenta, além do leite materno. No caso das lactantes, foram encontrados altos índices de anticorpos na segunda semana após a aplicação da primeira dose da vacina e na quinta e sexta semana depois da segunda dose.
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O Instituto também realizou coleta de material das 20 lactantes estudadas 4 meses após a vacinação. Neste caso, 50% delas ainda apresentaram presença elevada de anticorpos no leite.
Valdenise Calil, coordenadora médica do Banco de Leite Humano do Instituto da Criança e uma das coordenadoras da pesquisa, ressaltou a importância da vacinação e aleitamento materno. Enquanto a professora de pediatria da Faculdade de Medicina da USP, Magda Carneiro Sampaio, garantiu que é seguro grávidas serem vacinadas com a CoronaVac.
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