A vacina da Janssen, adquirida pelo governo federal, gera anticorpos contra algumas das variantes da Covid-19. Os resultados da pesquisa foram publicados na quarta-feira (9).

De acordo com pesquisadores do Beth Israel Deaconess Medical Center, o imunizante é menos eficaz contra a variante Beta (da África do Sul), mas ainda assim gera anticorpos. Já a variante Alfa (do Reino Unido) consegue ser totalmente controlada pela vacina.

Segundo o estudo, os anticorpos neutralizantes foram um pouco menos eficazes contra as cepas da Covid-19. No entanto, os outros anticorpos parecem não ter sido afetados. O estudo ainda precisa passar por revisões. Além da Janssen, as vacinas da Moderna e da Pfizer também foram bem-sucedidas nos testes contra as variantes.

Vacina da Janssen no Brasil

O Brasil deve receber nos próximos dias o primeiro lote de 3 milhões de doses da vacina da Janssen contra a Covid-19. Esses imunizantes, que são de única aplicação, devem chegar perto do prazo de validade, já que vencem no dia 27 deste mês.

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O Ministério da Saúde informou que a previsão de chegada dessas vacinas é na próxima terça-feira (15), o que significa que o país teria menos de duas semanas para utilizá-las. Nesta terça-feira (8), essa questão foi compartilhada pelo ministério com técnicos das secretarias estaduais de todo o país, com o objetivo de preparar a logística adequada para garantir que todas as doses possam ser aplicadas nos brasileiros, sem risco de desperdícios.

Segundo o governo federal, as vacinas devem ser distribuídas apenas às capitais. Isso facilitaria a aplicação, já que essas regiões têm melhor infraestrutura. Operação semelhante já é feita com carregamentos da Pfizer/BioNTech, porque esse imunizante precisa ser conservado em temperaturas mais baixas.

Pesquisas sobre o imunizante de dose única apontam que a eficácia global (casos leves e moderados) é de 66%. Já a taxa de proteção contra casos graves é de 85%.

A tecnologia aplicada nessa vacina da Janssen é a de vetor viral não replicante, aquela em que é adotado um adenovírus humano modificado para não se replicar mais. Tal adenovírus (nesse caso, o Ad26) é editado para carregar a proteína spike do coronavírus Sars-CoV-2. 

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