Um relatório recente da ONU apontou que drones assassinos já estão conduzindo ataques aéreos sem nenhuma participação humana na tomada de decisão. Isso significa que veículos aéreos não tripulados (UAVs) estão decidindo quem e como atacar durante incursões em territórios hostis.

Se um leigo já se preocupa ao receber essa informação, a coisa não é muito diferente entre professores universitários e pesquisadores. Em um manifesto publicado na revista científica IEEE Spectrum, um grupo de cientistas pediu o banimento desse tipo de ataque. “Em outras palavras, a linha vermelha de seleção autônoma de alvos humanos agora foi cruzada”, escreve a equipe.

De acordo com eles, o uso de armas autônomas letais deve ser banido imediatamente e nações de todo o mundo devem assinar um tratado para garantir que drones assassinos nunca mais sejam usados, em um modelo similar ao tratado contra o uso de armas nucleares.

O manifesto foi acompanhado de um vídeo produzido pelo Future of Life Institute, uma organização sem fins lucrativos que visa educar sobre os riscos da IA e das armas nucleares.

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“Além da questão moral de entregar decisões de vida e morte a algoritmos, o vídeo apontou que as armas autônomas irão, inevitavelmente, se transformar em armas de destruição em massa, precisamente porque não requerem supervisão humana e, portanto, podem ser implantadas em grande número”, dizem os pesquisadores, que são professores de ciência da computação e de física.

Comunidade internacional incomodada

De acordo com o portal Futurism, a comunidade internacional tem se movido para pressionar pelo fim dos sistemas de armas autônomas. Entre os esforços, está uma declaração do Comitê Internacional da Cruz Vermelha pedindo uma proibição dos sistemas de armas autônomas que são projetados ou utilizados para aplicar força contra pessoas.

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De acordo com o relatório da ONU, que foi divulgado em março, drones STM Kargu-2, de fabricação turca, realizaram ataques aéreos no território da Líbia sem qualquer intervenção humana. Segundo a organização, um drone de pouco mais de seis quilos, que pode ser produzido em massa, tem a capacidade de atingir vítimas de forma autônoma usando um software de reconhecimento facial.

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