O desmatamento da Amazônia brasileira está fazendo com que a harpia, maior espécie de águia do mundo, corra sério perigo. Conhecidas popularmente como “gavião-real”, essas aves podem chegar a medir até um metro de comprimento e dois de envergadura, que é a distância entre as pontas de suas asas abertas, além de pesar até sete quilos.

As harpias, que são os principais predadores aéreos da Amazônia, se alimentam de preguiças e pequenos macacos, animais que vivem nas copas das árvores. Porém, essas águias têm visto sua oferta de alimentos diminuir substancialmente por conta da derrubada sistemática de árvores e do crescente número de queimadas.

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Com a diminuição do número de árvores, especialmente as mais altas, as principais presas das harpias têm sumido, fazendo com que essas aves não tenham mais o que comer e nem o que oferecer para seus filhotes.

Grandes predadores ameaçados

É praticamente consenso entre os biólogos que os animais que estão no topo das cadeias alimentares de seus habitats, como é o caso da harpia, estão seriamente ameaçados de extinção por conta de uma menor oferta de presas. Porém, até o momento, nenhuma pesquisa havia buscado detalhes sobre os impactos da perda de florestas na alimentação de grandes aves.

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Ilustração do Brasil em chamas
Grandes predadores são alguns dos animais mais ameaçados pelas mudanças climáticas. Créditos: Arquivo/Shutterstock

Por conta do rápido avanço do desmatamento na Amazônia, essas águias viram sua oferta de presas cair, ao passo que não tiveram tempo hábil para readequar a sua dieta. Ou seja, elas continuam buscando pelos mesmos mamíferos que sempre caçaram, mas não têm mais encontrado por eles na copa de árvores altas.

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Além disso, a Amazônia tem perdido cada vez mais áreas, e as harpias precisam de uma área florestal substancialmente grande ao redor de seus ninhos. E mesmo os indivíduos que conseguiram adequar suas dietas para opções existentes em áreas desmatadas, não encontraram presas que fossem adequadas para alimentar seus filhotes.

Com informações de El País

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