A vacinação contra o coronavírus repercute na mídia de maneira extraordinária. Desde que as vacinas foram aprovadas, seus nomes se tornaram familiares e passou a ser comum no Brasil, e também em outros países, ver pessoas avaliando qual delas tomar. No intuito de sanar dúvidas de senso comum, pesquisadores analisaram a eficiência e segurança dos imunizantes de forma prática.
Os dados cotidianos sobre a vacinação ao redor do mundo podem dizer quão bem as vacinas protegem contra o SARS-CoV-2, inclusive das novas cepas mais infecciosas. Eles também têm capacidade de apontar, quase em tempo real, os principais efeitos colaterais e se é seguro misturar imunizantes.
Em uma análise divulgada pelo Medical Xpress, descobriu-se que as vacinas disponíveis até o momento (AstraZeneca, Pfizer, Moderna, Coronavac e outras) parecem equivalentes na redução da chance de agravamento da Covid-19.
Os resultados mostram ainda que todas as idades se beneficiam com as vacinas. As pessoas com doenças crônicas subjacentes experimentam uma proteção um pouco menor, mas ainda válida, contra a forma crítica da doença.
Redução no índice de transmissão
Muito se questiona se o imunizante, de qualquer que seja o laboratório, possui capacidade de reduzir a transmissão do vírus. Pesquisa realizada no Reino Unido demonstrou que uma pessoa vacinada teria metade da probabilidade de transmitir o vírus a outro membro da família que alguém que não havia sido vacinado.
E quanto à eficácia contra as variantes?
O estudo britânico não conseguiu comprovar o impacto atual da vacinação na transmissibilidade de novas variantes, como a Delta, pois foi conduzido antes dela se tornar dominante no Reino Unido.
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Contudo, no relatório divulgado há indícios de que vacinação completa, com ambas as vacinas, fornece mais de 90% de proteção contra a hospitalização por COVID-19, de maneira geral.
Efeitos colaterais
Os dados práticos, observados no estudo divulgado pela Medical Xpress, revela também informações sobre efeitos colaterais da vacina AstraZeneca. Os efeitos adversos relatados são considerados leves , como dor de cabeça e fadiga.
Existe, contudo, uma pequena estimativa de que o imunizante possa gerar coágulos sanguíneos (trombose). Esse risco, porém, é muito baixo e não há dados suficientes para ser considerado.
Os pesquisadores não tiveram acesso a grupos de controle submetidos a vacinas de outros laboratórios para comparar os níveis de risco. Essa provavelmente será uma prioridade em estudos futuros.
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