O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, decidiu colocar a mão na massa e sair pelas ruas de São Francisco realizando entregas pelo aplicativo da empresa, o Uber Eats. Inicialmente, a ideia parecia boa: publicar sobre o funcionamento do serviço e o quanto ele teria feito trabalhando como entregador por algumas horas.

O problema foi que, ao postar sua experiência no Twitter (onde ele, inclusive, elogiou os atendentes de restaurantes pelos quais passou), foi alvo de diversas críticas.

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https://twitter.com/parismarx/status/1408979672998854663?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1408979672998854663%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fpublish.twitter.com%2F%3Fquery%3Dhttps3A2F2Ftwitter.com2Fparismarx2Fstatus2F1408979672998854663widget%3DTweet

Khosrowshahi registrou um ganho de cerca de US$ 150 dólares em pouco mais de 5 horas de trabalho como entregador.

Mas, logo nos primeiros comentários, é possível ver o desconforto de alguns usuários com os resultados do executivo postados no Twitter. Um deles diz: “Faça isso durante um mês e tente alimentar a sua família e pagar suas contas apenas com esses ganhos.”

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Outro afirmou: “A gig economy é um golpe baseado na exploração do trabalhador”.

Há, no entanto, alguns outros comentários que elogiaram a atitude do executivo.

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“Exemplo perfeito de liderança pelo exemplo, e permanecer humilde, e entender em primeira mão a dor/deleite de clientes/usuários. Altamente motivado (sic) seria minha segunda-feira”, disse um deles.

Nos Estados Unidos, ao menos, as entregas pelo aplicativo podem trazer um bom rendimento aos trabalhadores, apesar da falta de benefícios que entregadores desse tipo de plataforma enfrentam.

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O Glassdoor, por exemplo, aponta que os ganhos médios de pagamentos por hora aos entregadores do Uber Eats está entre 12 e 18 dólares. O salário mínimo do país está atualmente em US$ 7,25 por hora, segundo dados do Departamento de Trabalho dos EUA.

A controvérsia da economia do compartilhamento

De fato, há algum tempo, a chamada gig economy, também chamada de economia de compartilhamento, divide opiniões.

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Ao mesmo tempo que muitos acreditam que esse tipo de interação entre plataformas, clientes e empresas criou oportunidades de trabalho para diversos profissionais, tendo se consolidado com o surgimento de outras empresas como iFood e Rappi, ela também causou descontentamento por não dar garantias aos trabalhadores que não são, pela lei, enquadrados como funcionários das empresas de plataformas.

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