A empresa fornecedora de softwares Kaseya foi alvo de um ataque de ransomware. A ação viu hackers paralisarem os serviços dos programas oferecidos pela companhia em todos os continentes do mundo: o resgate pedido foi de US$ 70 milhões (quase R$ 364 milhões).

A Kaseya é uma empresa que atua no ramo de software de gestão de produtos, estoques e inventários, primariamente oferecendo seus serviços a pequenos empreendedores ou redes de comércio cujo orçamento é modesto demais para a construção de um departamento de TI interno.

Segundo o CEO da Kaseya, Fred Voccola, o tamanho exato do dano causado pelo ransonware é difícil de ser estimado, uma vez que a maior parte das vítimas são “clientes dos nossos clientes”.

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Embora uma boa parcela disso contemple, por exemplo, consultórios particulares de médicos, dentistas e similares, o impacto foi mais sentido na Suécia, onde diversos supermercados tiveram que fechar suas portas porque as caixas registradoras ficaram offline.

Outro local de grande transtorno foi a Nova Zelândia, onde creches e escolas de educação infantil dependem dos sistemas da Kaseya e tiveram que fechar o dia letivo em virtude de programas inoperantes.

Uma estimativa posicionada pela empresa fala em 50 grandes clientes e até 1,5 mil pequenas empresas afetadas. Há quem atribua o ataque como autoria do grupo cibercriminoso REvil, que você já conheceu aqui no Olhar Digital pelo ataque similar à brasileira JBS.

Os cibercriminosos falaram à Reuters, reiterando o preço de US$ 70 milhões. Mas à agência de notícias, sinalizaram estarem abertos a propostas: “Nós sempre estamos dispostos a negociar”, disse um representante dos invasores, sem se identificar, por meio de um chat mantido pelo site dos hackers.

Voccola não respondeu se aceitará os termos impostos: “Não posso dizer nem que sim, nem que não, nem mesmo um ‘talvez’”, ele disse. “Nenhum comentário no que tange à negociação com os terroristas, de qualquer forma”.

“Ransomware” é a prática atribuída a um ataque cibernético que visa “sequestrar” informações ou sistemas privados em troca de um resgate – normalmente pago por meio de criptomoedas devido à dificuldade em seu rastreamento. Os hackers deste caso, porém, não sinalizaram nenhuma preferência específica por moedas.

Lembrando que, segundo as cotações mais recentes, a maior das criptomoedas da atualidade, o bitcoin, teve flutuações que geraram atenção no mercado. Hoje (6), um bitcoin equivale a US$ 33.889,80, ou R$ 176.352,35.

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