Startup espacial Astra define meta de 300 lançamentos por ano até 2025

Empresa chegou ao espaço pela primeira vez em dezembro de 2020, mas vem fazendo melhorias em foguetes para atingir a órbita da Terra
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 08/07/2021 12h53, atualizada em 09/07/2021 12h19
Imagem mostra o lançamento de um foguete Rocket 3.1 da Astra
Imagem: Astra/Divulgação
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O primeiro voo orbital feito pela startup espacial Astra deve acontecer até setembro deste ano, mas a empresa já pensa além: recentemente ela anunciou planos para fazer 300 lançamentos por ano até 2025.

É uma meta ambiciosa, já que foi apenas em dezembro de 2020 que a Astra conseguiu chegar ao espaço, embora não tenha atingido a órbita da Terra: o foguete Rocket 3.2 acabou ficando sem combustível pouco antes de desenvolver a velocidade necessária para isso.

Leia também

Imagem mostra um foguete Rocket 3.2, da Astra. Empresa quer garantir 300 lançamentos por ano até 2025
A Astra Aerospace desenvolve foguetes de menor porte, facilitando o transporte rápido de cargas. Empresa quer garantir 300 lançamentos por ano até 2025. Imagem: Astra/Divulgação

A empresa vem realizando ajustes em uma nova iteração do foguete, chamada Rocket 3.3, que levará ao espaço um satélite de natureza ainda não divulgada. E se tudo der certo, ele vai iniciar um longo projeto de escalabilidade e volume nas atividades da empresa.

“A partir do próximo outono vamos começar essa cadência mensal, aumentando esse ritmo conforme ampliamos nosso volume para lançamentos orbitais semanais a partir do ano que vem”, disse o CEO da Astra, Chris Kemp.

“A partir daí, vamos começar um ritmo semanal”, ele continuou, “e mirar em entregas espaciais diárias – ou aproximadamente 300 lançamentos – em 2025”.

O objetivo da Astra é bem ousado, mas não é como se fosse apenas um sonho distante: a empresa vem se apresentando como uma opção economicamente viável para companhias que contratam serviços espaciais, como posicionamento de satélites ou envio/recebimento de insumos de pesquisa.

Seu principal diferencial reside na criação de foguetes de pequeno porte, fáceis de serem produzidos em massa e exclusivamente usados para o transporte de pequenas cargas.

Seus veículos, inclusive, são tão pequenos que, uma vez desmontados, podem ser transportadas em um contêiner comum – algo que grndes empresas do setor, como SpaceX e Blue Origin, não conseguem fazer.

Isso, aliado a projetos atuais que prometem ampliar o limite de carga carregada dos foguetes e as melhorias de um motor com estreia planejada para 2022, permitirão à Astra competir com outras empresas por muito mais contratos. Empresas como OneWeb e Amazon, por exemplo, normalmente contratam serviços do tipo para posicionar satélites de acesso à internet.

“Conforme vamos construindo as próximas versões do nosso foguete, nosso alvo é atingir 500 quilogramas [kg] de carga, para podermos atender a todo o mercado de megaconstelações”, disse Kemp.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital