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A polêmica tecnologia de reconhecimento facial está sendo utilizada ou em vias de implementação em 20 estados brasileiros, de acordo com um levantamento feito pela Folha de S. Paulo.
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Com ela, sistemas de segurança pública são capazes de buscar em segundos um rosto entre milhares de um banco de dados. Assim, a polícia é capaz de abordar um suspeito ou um foragido em questão de minutos. Fora do âmbito criminal, o reconhecimento facial permite ainda a busca por pessoas desaparecidas.
Reconhecimento facial nos estados
Segundo a matéria, outros 3 estados estudam utilizar a tecnologia e apenas 5 estados e o Distrito Federal não a utilizam, não tiveram contato com o sistema ou não planejam utilizar. Esses números foram passados ao jornal por meio das secretarias estaduais de Segurança e das polícias Civil e Militar.
Confira a lista:
- Utilizam: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará e Roraima;
- Em implementação: Rio Grande do Sul, Paraná, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Maranhão, Rondônia, Acre e Amazonas;
- Em fase de estudos: Mato Grosso e Minas Gerais
- Não utilizam: Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo, Tocantins, Alagoas e Amapá
Em São Paulo, onde o sistema é utilizado desde 2020, são cerca de 30 milhões de faces registradas. Nesse caso, é utilizado o banco de dados da Polícia Civil.
Já o sistema da Bahia, que foi implementado em 2018, utiliza o Banco Nacional de Mandados de Prisão. Nesse estado, o sistema custou R$ 18 milhões e 209 procurados foram presos com a ajuda da tecnologia até 16 de junho de 2021.
Além desses estados, a Polícia Federal também vai utilizar a ferramenta. Segundo o órgão, o sistema utilizado por eles vai permitir coletar, armazenar e cruzar dados de 50,2 milhões de brasileiros – aproximadamente 25% da população do Brasil. As informações para alimentar o sistema virão de registros de reconhecimento facial e impressão digital e de dados unificados das Secretarias de Segurança dos estados.
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Algoritmo polêmico
O sistema de reconhecimento facial, no entanto, não é 100% preciso. Para que um rosto seja reconhecido, é necessário que o algoritmo utilizado seja treinado com pessoas com características físicas diferentes. Entre elas, por exemplo, estão a nacionalidade, idade, tom de pele e gênero.
Em 2018, pesquisadores em inteligência artificial identificaram discrepâncias em tecnologias desenvolvidas pela Microsoft, a IBM e a chinesa Megvii.
De acordo com Joy Buolamwini e Timnit Gebru, o algoritmo que se saiu melhor conseguiu alcançar uma precisão de 100% com homens de pele mais clara e 79,2% com mulheres de peles mais escuras. No entanto, o que teve pior desempenho alcançou 99,7% e 65,3%, respectivamente.
Esse viés racial ocorre porque a maioria dos algoritmos foi treinada com pessoas brancas. “Algoritmos de reconhecimento facial confeccionados nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, têm muita dificuldade não só com pessoas negras, mas principalmente com mulheres negras e pessoas asiáticas”, explicou em entrevista à Folha de S. Paulo.
Por isso, ele pondera que o uso desses sistemas pode trazer pioras. Além de poder ser um risco para aumentar a violência contra pessoas negras, a tecnologia poderia piorar a efetividade policial ao gerar falsos positivos.
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