Nesta segunda-feira (12), o bilionário Elon Musk vai ao tribunal de Delaware, nos Estados Unidos, para se defender de uma ação movida pelos acionistas da Tesla – sim, sua própria empresa.
A ação foi movida após o executivo comprar a empresa de painéis solares SolarCity, em 2016, por US$ 2,6 bilhões.
De acordo com os acionistas da fabricante de carros elétricos, Musk não cumpriu com seus deveres fiduciários, já que a companhia comprada pertencia à família do empresário.

A SolarCity foi fundada pelos primos de Elon Musk, Lyndon e Peter Rive, que também comandavam a empresa. Com a compra, não apenas os parente se beneficiaram, mas também o bilionário e seu irmão, Kimbal, já que ambos possuíam ações da companhia.
Musk, além de responder à época por 22% da SolarCity, ele também presidia o conselho da empresa.
Os acionistas da montadora de carros elétricos afirmaram, ainda, que não havia motivos para aquisição da empresa de painéis solares e que o negócio só foi feito para realizar um resgate financeiro para a família de Musk.
Na época da compra, a SolarCity tinha uma dívida de US$ 3 bilhões e não tinha lucro algum em caixa.
Além dos problemas financeiros, a SolarCity, que se tornou Tesla Energy depois do negócio, é frequentemente acusada por clientes de não prestar atendimento, levando meses para atender quaisquer solicitações.
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Em janeiro de 2020, uma série de membros do conselho da Tesla fecharam um acordo com acionistas e pagaram US$ 60 milhões para sanar os danos causados pela aprovação da compra da SolarCity.
Com a ação dos membros do conselho, Musk é o único réu no tribunal de Delaware e, caso perca o processo, terá de indenizar a Tesla em US$ 2 bilhões.
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